Integrantes do Fórum de Prefeitos da Bacia do Rio Doce que representa as 39 cidades atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão em 2015, participam hoje (01/06), em Brasília, de reunião no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para definir as reivindicações sobre as indenizações aos municípios atingidos.
Eles serão recebidos pelo Conselheiro do CNJ, Luiz Fernando Bandeira de Mello e buscam garantir que as reivindicações dos municípios sejam atendidas no acordo.
Segundo o ex-prefeito de Mariana e Secretário Executivo do Fórum, Duarte Junior, há um entendimento de que as reuniões presencias não devem mais acontecer.
Ele afirma que o poder público de forma ampla já colocou seu ponto de vista, o que também ocorreu com as empresas que puderam contribuir e colocaram seus entendimentos e suas contrapropostas anteriormente, nas várias reuniões realizadas.
“Chega um momento em que é preciso definir o que pode acontecer. Essa é a visão hoje do Conselho Nacional de Justiça”, frisou Duarte Junior.
Ele disse que a torcida é que possa ter um final que o Brasil espera e encerre as discussões, depois de 6 anos dos rompimento da barragem operada pela Samarco, salientando que os prefeitos esperam que a proposta dos municípios não seja modificada e que seja aceita da forma como foi colocada na mesa de negociação.
“Será uma reunião importante. O conselheiro ouviu a todas as partes e sempre esteve aberto às discussões. Ele teve sabedoria para conduzir todas as propostas e o sentimento é que possa dar certo”, afirmou.
O Fórum de prefeitos defende um acordo que chega a 120 bilhões de reais, dos quais se deve abater cerca de 15 bilhões de reais já utilizados em ações de reparação pela Fundação Renova.
A indenização para os municípios de menor porte atingidos pode chegar a 120 milhões e os municípios maiores podem receber entre 2 a 5 bilhões de reais, dependendo do grau do dano causado pelo rompimento da barragem de Fundão.
Foto capa: Mundo dos Inconfidentes
