A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou neste sábado (7) a interdição e suspensão imediata de todas as atividades da mina de ouro da empresa Mineração Serras do Oeste Limitada (MSOL) nos municípios de Conceição do Pará e Pitangui, no território mineiro.
Uma fiscalização foi determinada mais cedo pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após a região ser atingida por um deslizamento de rejeitos pela manhã da mina Turmalina, que atingiu casas e desalojou dezenas de pessoas.
Ninguém ficou ferido.
“Considerando que este Ministério de Minas e Energia visa garantir uma mineração segura e sustentável, determino a essa Agência Nacional de Mineração que: adote, de imediato, medidas de fiscalização rigorosas em relação às estruturas e para a efetiva solução da questão, tudo de modo a garantir a segurança total dos trabalhadores e residentes na região, inclusive, caso seja necessário e conforme análise técnica da Agência, a interdição do Complexo ou de parte dele”, diz o ministro no ofício.
O ofício acrescenta que a vistoria no local constatou “a não comprovação do empreendimento, constatando risco iminente”.
Apenas as ações necessárias para “estabilidade da pilha, segurança da mina, comunidade de entorno e meio ambiente” estão autorizadas.
Além da mina de ouro subterrânea há uma usina de processamento do mineral turmalina.
A mineradora canadense Jaguar Mining responsável pela mina divulgou em suas redes sociais que identificou uma “anomalia em uma pilha de rejeitos durante inspeção” e “imediatamente” tomou as “devidas providências”, alertando os órgãos fiscalizadores e a comunidade local.
A mineradora também afirmou que está prestando auxílio aos moradores afetados, com famílias sendo transferidas para hotéis da região.