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Cid é primeiro a depor em audiência do STF para ouvir réus da trama golpista

STF iniciou interrogatórios

No primeiro dia do interrogatório, Cid confirma a Moraes que Bolsonaro leu e fez alterações na minuta do golpe
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O Supremo Tribunal Federal (STF) nesta tarde o primeiro dia dos interrogatórios dos réus do núcleo 1 da trama golpista ocorrida durante o governo de Jair Bolsonaro. Os réus serão interrogados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal sobre a questão.

O primeiro a depor é o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Cid. Por estar na condição de réu e delator, o interrogatório do militar deve ser o mais extenso e tomar todo o primeiro dia de oitiva.

Em seguida, os demais réus serão interrogados por ordem alfabética.

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Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;

Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

Walter Braga Netto, general do Exército e ex-ministro de Bolsonaro.

A partir desta segunda-feira até o dia 13 de junho, Moraes vai interrogar presencialmente o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Braga Netto e mais seis réus acusados de participarem do “núcleo crucial” de uma trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após o resultado das eleições de 2022.

Durante as oitivas, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e as defesas dos demais acusados também poderão fazer perguntas aos réus.

Por estarem na condição de réus, os acusados poderão se recusar a responder perguntas que possam incriminá-los. A Constituição garante aos investigados o direito de não produzir provas contra si.

Braga Netto e o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro farão depoimentos como réus na tentativa de golpe

O único réu que irá depor por videoconferência será o general Braga Netto. Vice na chapa de Bolsonaro em 2022, o militar da reserva está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e obter detalhes da delação de Mauro Cid.

O interrogatório dos réus é uma das últimas fases da ação penal. A expectativa é de que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do ex-presidente e dos demais réus ocorra no segundo semestre deste ano. Em caso de condenação, as penas passam de 30 anos de prisão.

Foto: Ton Molina/STF e Marcos Correa/PR

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