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Como a psicologia pode ajudar na relação entre seres humanos e animais de companhia

Os pets precisam do contato com o ser humano, atenção e afeto.

Entender o comportamento de um pet requer paciência e às vezes ajuda profissional.

Assim como os seres humanos, cães e gatos possuem sua própria personalidade, podendo ser tranquilos, agitados, sociáveis ou até mesmo individualistas. Quando adotamos um animal, muitas vezes não sabemos se ele pode ter sido exposto a traumas como violência, maus-tratos e abandono, o que deixa cicatrizes em sua vida emocional. A boa notícia é que, dada a devida atenção aos aspectos comportamentais de cada animal, casos que antes poderiam evoluir para depressão, ansiedade, fobia, medo constante e até mesmo agressividade podem ser revertidos com carinho e ajuda de um profissional.

Cada animal tem sua particularidade comportamental, no entanto, todos necessitam de cuidados para atender suas necessidades, sejam elas, físicas ou emocionais. Os animais necessitam de boa alimentação, hidratação, abrigo, espaço físico e cuidados veterinários. Além disso, os pets precisam do contato com o ser humano, atenção e afeto.

“Assim como os seres humanos, os cães são muito sensíveis e suas emoções podem resultar em uma série de comportamentos. Com o rompimento da barragem B1, em 2019, alguns perderam seus lares, outros foram encontrados em áreas de obras, em situação de risco nas comunidades ou deixados voluntariamente para adoção por seus antigos tutores. Compreendendo o que significa o comportamento dos cães e gatos é possível aplicar metodologias que impeçam o surgimento de doenças emocionais ou tratá-las mais adequadamente quando aparecem”, destaca a Supervisora da Fazenda Abrigo de Fauna, Magda Castro.

Em Brumadinho, são realizadas diversas atividades com os pets que serão liberados para adoção ou reintegrados a seus antigos lares. O foco é bem-estar animal e o bom relacionamento entre o animal e sua família. São realizadas atividades de socialização e soltura em grupo entre os cães e também contato com seres humanos. Os animais passam por atividades de recreação, passeios e recebem muito carinho.
A cadela Nat, resgatada após ser encontrada na região, chegou à Fazenda Abrigo de Fauna muito acuada. Não interagia com pessoas e evitava se aproximar. A cadelinha passou por um longo processo de socialização. Após o tratamento, Nat foi adotada e está adaptada ao novo lar. “Amor a gente constrói. A Nat chegou precisando de carinho e foi o que oferecemos à ela. A cadela é muito afetuosa e se adaptou muito bem a nossa casa e ao outro cão que temos, o vira-latas Thor, além de ter se transformado no xodó da família. Acredito que ela entende o quanto é querida e por isso sente que encontrou um lar, destaca a Engenheira Química, Michelle Sousa.
Processo de adoção online

Os interessados podem conhecer cada um dos animais na página “Me leva pra casa” (www.vale.com/melevapracasa). Os veterinários são capacitados para realizar entrevistas remotas e todo o processo de adoção pode ser feito à distância. Os profissionais acompanham o pet ao longo dos seis primeiros meses após adoção.
Processo inverso com os animais silvestres
Diferentemente dos pets que passam por um processo de socialização e contato com o ser humano, os animais silvestres têm o mínimo de contato possível e são estimulados a terem aversão à seres humanos, para que não se aproximem ou sejam atraídos por eles depois que forem reintegrados à natureza. Estes animais passam por longos processos para adquirirem ou readquirirem suas habilidades, capacidades e comportamentos naturais essenciais à sobrevivência antes de serem reintroduzidos na natureza. O processo de reabilitação envolve o uso de diferentes técnicas de manejo e treinamento para propiciar a recuperação física e comportamental desses animais.

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