Início Política Vaza Jato Cooperação ilegal da Lava Jato com os EUA não passou pelo Ministério...

Cooperação ilegal da Lava Jato com os EUA não passou pelo Ministério da Justiça

Parceria fora da lei com os Estados Unidos teve papel central do procurador norte-americano Kenneth Blanco com Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Conluio permitiu acesso a todas investigações aos norte-americanos. Foto: pressfrom.com

O Ministério da Justiça informou que não existe nenhum documento oficial na pasta que formalize a cooperação entre procuradores brasileiros e norte-americano no caso da falsa acusação do triplex contra o ex-presidente Lula.

Em conferência realizada em 2017, em Nova York, o procurador norte-americano Kenneth Blanco, confessou publicamente a existência da parceira “fora da lei” entre os procuradores. Blanco classificou a relação como um “relacionamento íntimo”, que desprezava “procedimentos formais”.

A cooperação que resultou em processo contra o ex-presidente Lula foi questionada por sua defesa. Também foi alvo de cobrança de parlamentares norte-americanos em agosto de 2019, por meio de carta ao secretário de Justiça dos Estados Unidos, William Barr. Até hoje, o secretário não respondeu aos parlamentares.

Segundo as leis brasileiras, qualquer acordo de cooperação entre o Brasil e os EUA deve ser informado e contar com o aval do Ministério da Justiça do país. Assinado durante o governo FHC, o protocolo exige que acordos internacionais passem pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI).


As tratativas entre os procuradores do Lava Jato e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) foram reveladas pelos sites The Intercept e Pública. Nos diálogos, os procuradores confirmam a atuação do FBI e do DOJ em solo brasileiro. As conversas evidenciaram a promiscua proximidade entre a PF, procuradores e o FBI, que permitiu aos norte-americanos “total conhecimento” das investigações.

Sair da versão mobile