A partir do registro dos sistemas culinários do milho e da mandioca, a cozinha mineira foi declarada patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais.
O ato foi formalizado nesta quarta-feira (5) durante a reunião do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep), data em que se celebra o Dia da Gastronomia Mineira.
Na ocasiao foi lançado o projeto Cozinha Mineira Patrimônio, edição 2023, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, ressaltou a importância dos povos originários e tradicionais na construção da cozinha mineira.
“É sobretudo no povo negro, nos povos indígenas da nossa terra, que nasce a genialidade dessa cozinha”.
A contribuição desses povos foi essencial para que a mandioca e o milho constituíssem alguns dos pilares que sustentam a cozinha mineira.
Primeiro sistema culinário caracterizado pelo Iepha de Minas
Os saberes ligados ao milho e à mandioca constituem o primeiro sistema culinário a ser identificado pelo Iepha-MG no âmbito das pesquisas sobre a Cozinha Mineira.
Essa decisão é fruto de estudos para a compreensão da cultura alimentar do estado, os quais vêm sendo realizados pelo Iepha-MG e parceiros desde 2019.
Outra etapa desse trabalho foi a identificação de quase 700 moinhos de milho e casas de farinha de mandioca em Minas Gerais.
O cadastro foi viabilizado por meio da ação conjunta entre Iepha-MG, prefeituras, instituições de ensino, comunidades e pesquisadores.
Neste sábado (8) haverá a inauguração, no Mercado Central, da estátua em homenagem à Dona Lucinha (1932-2019), responsável por iniciar um movimento de revalorização dos ingredientes tradicionais da cozinha mineira.
Reconhecida no país e no exterior, ela foi empresária, professora, escritora e pesquisadora, além de exímia cozinheira, deixando um legado importante e inspirador para gerações de chefs e cozinheiros.
Foto: Secult / Divulgação