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Festival homenageou a cultura lusófona em Ouro Preto

Fados em cidades históricas agitou final de semana em Ouro Preto

Festival "Fados em cidades históricas" atraiu grande público neste final de semana em Ouro Preto.

O último fim de semana em Ouro Preto foi marcado pela celebração da cultura lusófona com o evento ‘Fado em Cidades Históricas’.

Nos dias 24, 25 e 26 de maio, a cidade recebeu artistas, músicos, poetas, pesquisadores e a chef Marlene Vieira, premiada com estrelas Michelin em 2024.

Durante os 3 dias de evento, um público participativo circulou pelos espaços do Festival. 

No primeiro dia, o evento recebeu 2500 visitantes, já no segundo dia, o público foi de 3500 pessoas e, no encerramento, 2500 pessoas estiveram presentes. 

O evento homenageou o fado, declarado Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade pela UNESCO.

O público foi agraciado com apresentações memoráveis.

Entre elas, o show da fadista contemporânea Ana Moura, a interpretação de Raquel Tavares com o fado tradicional e a apresentação da guitarrista Marta Pereira da Costa, que tocou ao lado da violonista brasileira Samara Líbano.

Fadista contemporânea, Ana Moura, durante a sua apresentação em Ouro Preto no festival “Fado em Cidades Históricas”

A brasilidade também esteve representada por nomes da cena nacional.

A apresentação da Orquestra de Música Padre Simões, iniciativa que reúne crianças, adolescentes e jovens de todos os bairros da cidade com a intenção de potencializar os novos talentos musicais, contou com a participação da cantora e compositora angolana Jéssica Areias.

Já o Clube do Choro de Belo Horizonte, o SambaPretoChoroJazZ e o Trio Choro Negro levaram o gênero musical brasileiro ao Festival.

Também o Grupo Semente, junto com Nina Rosa, envolveu o público ao ritmo do samba. 

As crianças tiveram atenção especial no evento.

Atrações para o público infantil

Entre as atividades de destaque, Histórias daqui e de lá, Jogos e Brincantes, a Cia Mamulengo Flor Mimosa e Zé Pereira da Chácara contagiaram o público infantil.  

O Sarau Decolonial, mediado pela escritora Guiomar de Grammont, reuniu poetas e artistas para abordarem o pensamento e a prática da Decolonialidade com trechos selecionados de autores de culturas diversas.

Estiveram presentes a poeta Julia Elisa, o cacique Danilo Borum-Kren e os cantores e compositores Gustavo Souza e Maíra Lana.

Rosana Lanzelotte, cravista e pesquisadora, levou seu recital de cravo para a Igreja de Nossa Senhora do Carmo.

Já o musicólogo português Rui Vieira Nery levou a palestra “A História do Fado” para o Museu da Inconfidência.

Nela, o pesquisador abordou a origem brasileira do que é considerado hoje o gênero musical português.

Gastronomia

A gastronomia portuguesa foi um dos grandes destaques do Festival.

O evento foi contemplado com barraquinhas de comidas típicas e vinhos portugueses na Feira dos Sabores e Fazeres e teve na programação um workshop  ministrado pela chef Marlene Vieira, que apresentou uma receita de Arroz Malandrinho, uma interpretação portuguesa para o risoto tradicional.

Para apreciar os petiscos, o público enfrentou filas.

A Conexão Fado Sextas Abertas contou com oficinas, apresentações, intervenções artísticas e cortejos para a valorização da conexão entre patrimônios da humanidade, o Fado e a cidade de Ouro Preto.

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