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Governo de Minas amplia teste do pezinho para 60 doenças

Teste do Pezinho

Número de condições triadas é inédito entre os estados brasileiros, com investimento estadual de mais de R$ 64 milhões anuais

O Governo de Minas anunciou, nesta segunda-feira (9/12), a ampliação de 23 para 60 doenças triadas pelo Programa de Triagem Neonatal (PTN-MG), conhecido como teste do pezinho.
Ele identifica doenças raras de naturezas metabólicas, genéticas e infecciosas nos primeiros dias de vida dos bebês.

Em evento realizado na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, o governador Romeu Zema e o vice-governador Professor Mateus anunciaram também o investimento anual de R$ 64,2 milhões para custeio de exames de triagem, exames complementares, diagnósticos e tratamento do total de doenças que serão triadas pelo teste do pezinho a partir de janeiro de 2025.

Com essa ampliação, Minas Gerais se torna o primeiro estado brasileiro a contemplar, de forma efetiva, todos os grupos e doenças previstos na Lei Federal nº 14.154, que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069, de 13/7/1990) para melhorar o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).

“Estamos aqui em um momento de grande orgulho para Minas Gerais e para nós, mineiros, já que nos tornamos o primeiro estado do Brasil a oferecer o teste do pezinho completo, abrangendo mais de 60 doenças”, enfatizou o governador Romeu Zema.

O diagnóstico precoce dessas doenças amplia as opções de tratamentos ou terapias possíveis, com o propósito de amenizar os sintomas e proporcionar uma vida típica e de mais qualidade aos pacientes e às famílias.

Para o vice-governador, o avanço trará um impacto imensurável.

“Quero parabenizar o trabalho de todos os envolvidos nesta ação, que é um marco em Minas Gerais. Tenho a certeza que, em alguns anos, poderemos dizer que evitamos a morte de milhares de crianças por doenças raras e que muitas outras tiveram a chance de crescer sem sequelas graves”, disse Professor Mateus.

Realização do exame

O exame é feito a partir do sangue coletado do calcanhar do bebê.
O material é encaminhado para processamento ao Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (Nupad), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que analisa mil amostras diárias do teste.

O resultado é disponibilizado no site da instituição e, caso o resultado apresente alteração, o município de residência do paciente é acionado.
Dessa forma, as consultas e exames especializados são agendados para que seja feita a confirmação do diagnóstico.

Caso o resultado para alguma das doenças triadas seja confirmado, o paciente é encaminhado imediatamente para o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O teste do pezinho é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 853 municípios de Minas Gerais.

De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, novas medidas preventivas serão adotadas para expandir o atendimento aos pacientes diagnosticados, reduzindo impactos no futuro.
“Muitas doenças raras causam problemas graves porque não recebem os devidos cuidados logo após o nascimento. Com as novas ações, conseguiremos evitar muitos casos”, disse.

Abaixo as novas doenças detectáveis pelo teste do pezinho.

Foto: Cristiano Machado/Imprensa MG

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