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Inércia inadmissível

Naturais ou não, desastres acontecem todos os dias. Terremotos, inundações, queimadas, erupções vulcânicas, desmoronamentos de encostas, de construções e tantos outros, como explosões em refinarias ou vazamento de derivados de petróleo nos oceanos.

Alguns são evitáveis. Em outros, a força da natureza determina seu curso.

Porém, em todos os acontecimentos, há estudos e tecnologias para identificar a ameaça (como erupções) e de promoção da assistência e socorro às vítimas emergencialmente, nos casos de explosões, terremotos, etc.

As ações de contenção de danos e também para impedir avanços de tragédias exigem medidas rápidas planejadas antecipadamente e muito esforço coletivo de órgãos e entidades.

Não é o que temos visto no episódio de vazamento de petróleo no litoral brasileiro. No caso, sequer boias de contenção foram colocadas. Balsas para recolhimento do petróleo antes da chegada às praias, sequer pensar. Ajuda da Shell? Como pedir?

A inércia no caso permitiu o agravamento do quadro e o custo dos prejuízos ao ambiente e à economia turística e pesqueira da região afetada é estrondoso.

E  pensar que somente depois de 41 dias de manchas, o ministro do Meio Ambiente formou força tarefa para auxiliar a “limpeza” de praias.

A tragédia da Amazônia voltou para o mar.

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