Estudantes e professores voltaram a protestar nesta quinta-feira contra as medidas do Governo federal que diminuíram as verbas para a educação no país. A segunda série de atos pela educação em 15 dias foi menor do que a anterior e trouxe bandeiras mais abrangentes, como a condenação da Reforma da Previdência, mas se espalhou novamente por centenas de cidades, de capitais às de médio e pequeno portes, em todos os Estados da federação. E provocou a reação do Governo, ainda que o presidente Jair Bolsonaro não tenha se manifestado. O Ministro da Educação, Abraham Weintraub, divulgou por meio do MEC uma nota em que estimulava que pais e alunos fizessem denuncia à ouvidoria do órgão caso presenciassem a divulgação dos protestos durante o horário escolar.
Segundo a UNE, cerca de 250.000 pessoas foram do Largo da Batata, na zona oeste, à Avenida Paulista; no Rio de Janeiro, conforme a entidade, 100.000 manifestantes caminharam da Candelária à Cinelândia, no Centro. A Polícia Militar dos dois estados não divulgou estimativas de público.
Em Brasília, um boneco representando o presidente foi queimado pelos manifestantes, que protestaram diante do Ministério da Educação. Já em Recife, um boneco do educador Paulo Freire, alvo de críticas de Bolsonaro e de Weintraub, foi levado ao ato. Em Curitiba, a faixa “Em Defesa da Educação”, retirada por bolsonaristas no domingo, foi recolocada por estudantes na fachada do prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR).
Em Mariana, Representantes de entidades estudantis e sindicais discursam em defesa da educação e contra a reforma da previdência em frente à Prefeitura da cidade, enquano em Ouro Preto, cerca de 4 mil pessoas marcharam sobre as ruas da histórica cidade em protesto contra os cortes na educação pública, em especial no IFMG e na UFOP, além de defender as aposentadorias – sob ameaça com a proposta da reforma da previdência do governo federal.
Já em Porto Alegre, com chuva, manifestantes se protegeram com os guarda-chuvas que haviam levado para ironizar um vídeo de Weintraub.