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Queimadas: gás sem cheiro e letal se espalha em ‘nível altíssimo’, aponta estudo

Danos à saúde de brasileiros

Incolor e inodoro o monóxido de carbono (CO), que pode levar à morte em ambientes fechados, está em níveis "altíssimos" em várias regiões do Brasil devido às queimadas, como a registrada na Serra do Caraça, a partir de incêndio iniciado no Morro da Água Quente, em Catas Altas. Ação humana é determinante na imensa maioria dos sinistros.

Um levantamento divulgado nesta sábado (14) pelo consultora MetSul Meteorologia, mostrou dados extremamente preocupantes para a saúde humana devido às queimadas que assolam o Brasil.

De acordo com a MetSul, o CO é um dos principais agentes da fumaça que podem causar efeitos na saúde.

A sua ação leva à diminuição do suprimento de oxigênio do corpo, podendo causar dores de cabeça, reduzir o estado de alerta e agravar problemas cardíacos, além de provocar irritação respiratória e falta de ar, e piorar doenças preexistentes, como asma.
Mais cedo, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgou que cerca de 71,9% de todas as queimadas registradas na América do Sul estavam localizadas no Brasil nos últimos dias.
O levantamento do sistema BDQueimadas registrou mais de 7,3 mil focos de incêndio em 48 horas até ontem (13).

Entre os países sul-americanos, a Bolívia é o segundo país com mais queimadas: 1.137 focos (11,2%), seguida do Peru (842 – 8,3%), da Argentina (433 – 4,3%) e do Paraguai com (271 – 2,7%).

O sul da região amazônica, o Centro-Oeste, em Rondônia, o sul do país e São Paulo são as regiões mais afetadas pelo gás, que é um dos seis principais poluentes atmosféricos. Minas Gerais também.


Na última quinta-feira (14), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou o Exército para atuar nos trabalhos de controle de chamas. Antes, na semana passada, a Polícia Federal iniciou 30 investigações para apurar as queimadas.

A maior concentração dessas investigações está na Amazônia e no Pantanal.
Em 2024, 58% do território nacional são afetados pela seca. Em cerca de um terço do país, o cenário é de seca severa.

Foto: Mundo dos Inconfidentes e CBMMS.

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