O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou nesta quinta-feira (6) que não irá impor tarifas alfandegárias sobre os produtos mexicanos incluídos no tratado de livre comércio que ambas as nações têm junto com o Canadá, pelo menos até 2 de abril.
“Depois de conversar com a presidente do México, Claudia Sheinbaum, concordei que o México não será obrigado a pagar tarifas sobre qualquer coisa que esteja incluída no Acordo USMCA. Esse acordo é válido até 2 de abril”, escreveu o mandatário norte-americano em sua conta no Truth Social.
Esta é a segunda vez que os EUA impõem tarifas ao México e, após algumas horas, as retiram.
As tarifas que o republicano tanto prometeu em campanha começaram em 1º de fevereiro, mas após uma conversa com Sheinbaum, Trump as removeu no dia 3 de fevereiro.
“Nosso relacionamento tem sido muito bom, e estamos trabalhando duro, juntos, na fronteira, tanto para impedir a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos quanto, igualmente, para parar o Fentanil. Obrigado à presidente Sheinbaum pelo seu trabalho árduo e cooperação!”, acrescentou Trump.
Em 4 de março, o presidente do EUA voltou a mencionar a reintrodução de tarifas de 25% sobre produtos mexicanos e canadenses.
Resposta mexicana
Em resposta, Sheinbaum, expressou surpresa e afirmou que o país recorreria às vias legais no âmbito do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA, na sigla em inglês).
Além disso, ela declarou que o México iria impor medidas tarifárias e não tarifárias sobre produtos estadunidenses.
“Não há motivo, razão ou justificativa que sustente essa decisão, que afetará nossos povos e nações. Já dissemos de diferentes formas: cooperação e coordenação, sim. Subordinação e intervencionismo, não. O México deve ser respeitado. Somos nações iguais”, enfatizou Sheinbaum.
A partir de 5 de março, a Casa Branca decidiu que alguns fabricantes de automóveis ficariam isentos das medidas tarifárias que Washington impôs a seus principais parceiros comerciais.
Trump adiantou que a partir de 2 de abril pretende impor uma nova rodada de tarifas.
Ela incluiria tarifas “recíprocas” sobre países de todo o mundo e tarifas setoriais, como sobre importações de automóveis, produtos farmacêuticos e semicondutores
