O Papa Francisco presidiu cerimônia de Páscoa na Basílica Vaticana

Papa cobra empenho internacional para fornecer vacina para todos, com atenção especial aos países mais pobres. Ele chamou de "escandalosa" a continuidade dos conflitos armados e o reforço dos arsenais militares, em plena pandemia. Foto: Vatican News
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O Papa Francisco presidiu na Basílica Vaticana à cerimônia de Páscoa, com uma celebração de missa. A presença de fiéis foi limitada devido às normas anti-Covid.
Em sua mensagem, Franciso destacou que as vacinas são instrumentos essenciais na luta contra a Covid e afirmou: “A pandemia está ainda em pleno desenvolvimento; a crise social e econômica é muito pesada, especialmente para os mais pobres; apesar disso – e é escandaloso –, não cessam os conflitos armados e reforçam-se os arsenais militares”, disse o Pontífice

De acordo com o Papa, um instrumento essencial nesta luta são as vacinas. Por isso, exortou toda a comunidade internacional a um empenho comum para superar os atrasos na distribuição das doses e facilitar a sua partilha, especialmente com os países mais pobres.

Os países sedentos de paz
Infelizmente, constatou o Pontífice, a pandemia elevou de maneira dramática o número dos pobres. E o pensamento e encorajamento do Papa foram ao povo haitiano, “a fim de não se deixar vencer pelas dificuldades, mas olhar para o futuro com confiança e esperança”.

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Jesus ressuscitado é esperança também para tantos jovens sem ir à escola ou à universidade. “Todos precisamos de viver relações humanas reais e não apenas virtuais.”

De modo especial, o Papa manifestou sua solidariedade aos jovens de Mianmar, “que se empenham pela democracia”.

A mensagem pascal é dirigida também aos migrantes que fogem da guerra e da miséria. E Francisco agradeceu aos países que acolhem, como Jordânia e Líbano, que enfrenta inclusive um “período de dificuldades e incertezas”. O Papa citou ainda a Síria, o Iêmen, a Líbia, a Ucrânia, o Sahel e a Nigéria, bem como a região de Tigré e Cabo Delgado, em Moçambique.

“A Ressurreição leva-nos, naturalmente, a Jerusalém. Para ela imploramos do Senhor paz e segurança”, a fim de que israelenses e palestinos convivam lado a lado.

Francisco tambem citau o Iraque, país que visitou um mês atrás e “pelo qual rezo a fim de continuar o caminho de pacificação”.

Vencer a mentalidade da guerra

“No mundo, há ainda demasiadas guerras, demasiada violência! O Senhor, que é a nossa paz, nos ajude a vencer a mentalidade da guerra”, foi o clamor do Papa. Foto: Vatican News

O Santo Padre recordou ainda que neste 4 de abril, celebra-se o Dia Mundial contra as Minas Antipessoais: “Como seria melhor um mundo sem estes instrumentos de morte!”.

Por fim, um pensamento aos muitos cristãos que sequer podem ir às missas por causa da pandemia. “Rezemos para que tais limitações, bem como toda a limitação à liberdade de culto e religião no mundo, sejam removidas e cada um possa livremente rezar e louvar a Deus.”

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