Região autônoma chinesa do Tibet alcança neutralidade de carbono

Especialistas confirmam a informação

De 2012 a 2021, o país plantou 64 milhões de hectares de árvores, realizou a prevenção e o controle da desertificação em 18,53 milhões de hectares de terra e adicionou ou restaurou mais de 800.000 hectares de áreas úmidas.
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A Região Autônoma do Tibet, sudoeste da China, alcançou a neutralidade de carbono global, anunciou Yan Jinhai, chefe do governo regional.
O anúncio foi feito durante um fórum aberto neste domingo sobre o ecossistema do Planalto Qinghai-Tibet.
O fórum de Namjagbarwa sobre a construção de um planalto nacional de civilização ecológica no Tibet começou ontem na cidade de Nyingchi.
Falando na cerimônia de abertura, Yan afirmou que o Tibet é capaz de fazer maiores contribuições para as duas metas de carbono da China.
Atualmente, o sumidouro de carbono do ecossistema do Planalto Qinghai-Tibet é de 162 milhões de toneladas por ano.

O número representa de 8% a 16% do sumidouro de carbono total do ecossistema da China, de acordo com os especialistas presentes no fórum.

Com base em dados, combinados com as conclusões da segunda pesquisa científica da China no Planalto Qinghai-Tibet, o sumidouro anual de carbono do ecossistema do Tibet nos últimos anos atingiu cerca de 47,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono, com sua emissão anual de carbono totalizando cerca de 11,5 milhões de toneladas.
Os dados indicam que a região está realmente em um estado de neutralidade de carbono, explicaram os especialistas.

Mais de 120 oficiais do governo, especialistas e pesquisadores, incluindo os da Academia Chinesa de Ciências e da Academia Chinesa de Engenharia, participam do fórum de dois dias.

Ação

A China fez um progresso notável na promoção da energia verde e de baixo carbono, com a proporção de fontes de energia limpa aumentando, conforme um livro branco divulgado pelo Departamento de Comunicação do Conselho de Estado no início deste ano.

De 2012 a 2021, o país plantou 64 milhões de hectares de árvores, realizou a prevenção e o controle da desertificação em 18,53 milhões de hectares de terra.

Além disso, adicionou ou restaurou mais de 800.000 hectares de áreas úmidas.
Os dados são do documento intitulado “O Desenvolvimento Verde da China na Nova Era”.

Durante o período, as energias renováveis também desempenharam um papel mais significativo na matriz energética do país e suas indústrias verdes continuaram a crescer.


Em 2021, o valor da produção das indústrias de conservação de energia e proteção ambiental da China ultrapassou 8 trilhões de yuans (US$ 1,1 trilhão), aponta o documento.

A China anunciou que atingirá o pico de emissões de dióxido de carbono até 2030 e a neutralidade até 2060.

Foto: Jigme Doorje/Xinhua

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