Rancho Novo é uma pequena localidade de Caeté, habitada por cerca de 2 mil moradores. O local pacato é considerado o de mais baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município e fica no trajeto da MGC-262, caminho para quem se destina a Barão de Cocais.
Durante muitos anos, a população do local conviveu com frequentes transtornos causados, principalmente, pela ausência de infraestrutura viária, o que predestinava a comunidade a um cenário de poucas expectativas.
Mas, com a pavimentação de 28,5 quilômetros da rodovia realizada pelo Governo de Minas, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem do estado de Minas Gerais (DER-MG).
O serviço, que já atinge mais de 75% de evolução, deverá ser totalmente concluído no final de 2024.
O caminho de prosperidade e de desenvolvimento que passa pela MGC-262 já traz benefícios antes da conclusão das obras e permite a construção de um futuro melhor para alguns moradores da região contratados pela empresa que executa os serviços.
Atualmente, são cerca de 120 empregos diretos gerados na obra e que tem dado a muitas pessoas a possibilidade de recomeçar no mercado de trabalho.
Benefícios diretos da pavimentação do trecho
As melhorias na MGC-262 vão beneficiar diretamente uma população estimada em 110 mil habitantes dos municípios de Caeté, Barão de Cocais e Santa Bárbara.
O engenheiro e professor associado da Fundação Dom Cabral, Ramon Victor César, destaca alguns impactos positivos da pavimentação do trecho.
“Mais que um investimento econômico, a pavimentação de uma rodovia garante cidadania e desenvolvimento para as pessoas. Por meio dela, as pessoas vão chegar mais rápido a hospitais; acessar escolas e universidades, chegar aos seus destinos com segurança e tranquilidade. Além disso, a construção de uma estrada permite ampliar o potencial agrícola, turístico e imobiliário da região”, garante.
“A infraestrutura adequada que está se formando vai incentivar o turismo religioso, ecológico e histórico, uma vez que o trecho faz parte do circuito Estrada Real e vai facilitar o acesso ao Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade e ao Santuário do Caraça. Outro aspecto importante é que o segmento está inserido em uma das dez regiões caracterizadas pelo Estado como produtoras de Queijo Minas Artesanal: entre as Serras da Piedade e do Caraça”, completa.
A rodovia também servirá como rota alternativa para quem circula pela BR-381, já que o trecho da rodovia federal entre Caeté e Belo Horizonte ainda não foi duplicado.
Acesso e qualidade de vida
No trajeto de 28,5 quilômetros são realizados melhoramentos, pavimentação, implantação e restauração da via.
As obras contemplam ainda o contorno de Barão de Cocais, construção de viaduto sobre a ferrovia da Vale e instalação de viaduto metálico sobre a Ferrovia Centro Atlântica (FCA). Mais de 20 quilômetros já estão pavimentados.
As intervenções fazem parte do Provias e conta com investimento total de R$ 138 milhões.
Para o diretor-geral do DER-MG, Rodrigo Tavares, a pavimentação da MGC-262 é fundamental para garantir a qualidade de vida na região.
“Com esta obra, estamos garantindo que todos possam exercer seu direito básico de ir e vir, desfrutando de espaços públicos de maneira digna. Além disso, o setor rodoviário movimenta a economia”, ressalta.
“Com uma infraestrutura adequada temos transporte de qualidade, que oferece alimentação, remédios e serviços básicos de deslocamento diário”, enfatiza Rodrigo Tavares.
Meio ambiente e turismo
Atenta ao potencial turístico da região, a equipe da Assessoria de Meio ambiente do DER-MG, órgão responsável pela condução de todos os projetos que envolvem as obras na MGC-262, incluiu no licenciamento ambiental, além do que determina a legislação, a construção dois mirantes no trajeto: Mirante da Serra da Cambota e Mirante da Cachoeira da Cambota. Durante o passeio pela região, o turista poderá parar nesses locais e contemplar a natureza.
Outro diferencial da obra na região é a construção de oito passagens para animais silvestres ao longo dos 28,5 quilômetros.
A medida é importante para evitar atropelamentos de animais na pista.
Antes e durante a obra o trecho é monitorado por diversos profissionais ligados ao projeto ambiental.
Foto: DER