
Em meio ao cenário de seca extrema e altas temperaturas que marcaram 2024, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), neste ano, se prepara para variações climáticas, apostando em ações de mitigação, como a Operação Alerta Verde, que já vistoriou 124.272 lotes vagos em todo o estado, desde a sua implementação em 2021.
Além disso, o CBMMG também investe no uso de tecnologias, treinamento e trabalho integrado para reforçar o atendimento.
Os incêndios em lotes vagos e áreas urbanas não protegidas correspondem, em média, a 60% do total das ocorrências dessa natureza.
A Operação Alerta Verde tem o intuito de identificar potenciais locais de risco, antes do período crítico de estiagem, alertando a população quanto aos cuidados com esses locais.
Além disso, as vistorias previnem que eventuais incêndios se propaguem para Unidades de Conservação, causando danos que podem retornar às comunidades na forma de doenças respiratórias, inviabilização de pesquisas científicas, além de prejuízos econômicos.
“O ano de 2024 foi especialmente desafiador no enfrentamento aos incêndios florestais, tivemos uma das estiagens mais severas dos últimos anos. Para 2025, vamos manter o tema como prioridade absoluta, dando toda a atenção necessária”, destaca o governador Romeu Zema.
Preparação e qualificação
Somente nos três primeiros meses do ano, a corporação já realizou reuniões quinzenais de integração para o manejo do fogo no Monumento Natural Estadual da Serra da Moeda; o recolhimento do Pelotão de Combate a Incêndios Florestais no Santuário do Caraça; e entre março e abril, estão sendo realizados os nivelamentos dos Núcleos do Incêndios Florestais (NIFs), que são equipes especializadas na gestão e no combate aos incêndios.
Além da preparação, a corporação investe na capacitação dos militares, como o Curso de Pós-Graduação em Gestão de Incêndios Florestais, oferecido pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT).
O curso capacita bombeiros na gestão das operações de combate, com as mais modernas técnicas de reconhecimento, planejamento e logística, por meio de leituras visuais e térmicas em ferramentas como os Landsat, MODIS e Sentinel, que oferecem imagens de satélites, essenciais para o monitoramento de áreas florestais e a identificação de focos de incêndio.
Unidades de Conservação
No tocante às Unidades de Conservação (UC), o CBMMG, de forma conjunta com os demais órgãos que integram a Força-Tarefa Previncêndio, darão continuidade a ações que permitiram uma redução de 20,3% da área queimada nas UCs do estado.

Entre elas, a criação de bases operacionais avançadas, compostas por bombeiros e brigadistas, contando neste ano com uma nova base na Floresta Estadual Uaimií, na região de Ouro Preto.
O local abriga uma reserva de mata atlântica, espécies de fauna e flora em extinção e recursos hídricos importantes.
Também estão previstos reforços operacionais de bombeiros militares, brigadistas e voluntários entre os meses de julho a outubro, período de maior volume de atendimentos, além da manutenção da Sala de Coordenação Operacional.
“Já iniciamos os preparativos, e em breve, avançaremos com a contratação de brigadistas e a mobilização de toda a estrutura necessária para enfrentar o período crítico com eficiência e agilidade”, afirma o vice-governador Mateus Simões.
Foto: CBMMG