Algo impensável a pouco tempo, a crise migratória na América do Sul ganha contorno graves com o aprofundamento do processo migratório e conseqüentes reações, em vários planos.
Se de um lado, o contínuo agravamento econômico em alguns países e o acirramento político na região impulsionam o fluxo migratório, as ações de acolhimento mostram-se ineficientes e episódios como o de Pacaraima podem surgir em outros locais.
Mais que acolher, as políticas públicas deveriam permitir que todos cidadãos tivessem aonde morar e trabalhar, em seu país.
Criado o mal, não é oportuno que diante do quadro, ações xenófobas, agressões ou vandalismo sejam permitidas ou mesmo incentivadas, como sugerem os episódios de Roraima.
Sem processo de crescimento regional de longo prazo e sem estabilidades políticas ou econômicas na região, o problema tende a aumentar e a ida recente da Argentina ao FMI é um claro sinal que os ventos do sul não sopram alvissareiros.
Um grande retrocesso para a região, incapaz ao longo dos séculos de superar as adversidades da colonização.