A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (19) pessoas suspeitas de participarem de um esquema de corrupção em contratos de entidades do Sistema S e o Ministério do Turismo. Segundo o Tribunal de Contas da União (TCU), houve desvios de R$ 400 milhões por meio de convênios, desde o ano de 2002 e envolvia empresas de publicidade ligadas a esquemas familiares.
Entre os presos está o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Robson Braga de Andrade, detido em Brasília.
Além de Andrade, foram presos o empresário Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva. São alvos e mandados os presidentes das Federações das Indústrias dos estados de Pernambuco, Alagoas e Paraíba, além de empresários e advogados.
Em nota, o Ministério do Turismo informou que já tinha determinado auditoria completa em todos os instrumentos de repasse antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da PF. A análise resultou no cancelamento de um contrato no valor de R$ 1 milhão. “O Ministério do Turismo, que não é alvo das buscas e apreensões da Operação Fantoche, está totalmente à disposição para colaborar com a investigação”, assegura a pasta, ao destacar que nenhum novo convênio foi assinado este ano.
Confira a íntegra da bota da CNI sobre o assunto.
“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília, prestando esclarecimentos sobre a operação deflagrada na manhã desta terça-feira (19/02). A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades.”
Foto: Antônio Cruz ABr