O ex-presidente da República Michel Temer virou réu em processo por corrupção ligada à JBS. O processo é conhecido como o “caso da mala”, envolvendo o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures, assessor de Temer à época. A decisão é do juiz Rodrigo Parente Paiva, da 15ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, e atendeu um pedido do Ministério Público Federal (MPF).
Segundo a Procuradoria da República no Distrito Federal, Loures teria recebido uma mala com R$ 500 mil em dinheiro como intermediário do ex-presidente Michel Temer para beneficiar a JBS em medidas no âmbito do Executivo Federal.
“Rodrigo Loures representou os interesses de Michel Temer em todas as ocasiões em que esteve com representantes do Grupo J&F. Por meio dele, Michel Temer operacionalizou o recebimento de vantagens indevidas em troca de favores pelo uso da estrutura e órgãos do Estado”, argumenta o MPF.
A Polícia Federal monitorou Rocha Loures e o gravou saindo correndo com uma mala de um restaurante em São Paulo. Além dos valores recebidos no restaurante, o esquema envolveria outros pagamentos de valor semelhante ou superior.
Loures chegou a ser preso, depois ganhou o direito a prisão domiciliar e por fim, ficou livre até da tornozeleira eletrônica, em novembro passado.
A defesa de Temer diz que a denúncia é “desprovida de qualquer fundamento”.
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