O prefeito Décio dos Santos recebeu, em seu gabinete, uma força-tarefa com representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese).
A reunião ocorreu nesta quinta-feira (28) e nela foi avaliado o cenário de angústia que passa os moradores do município com o risco iminente de rompimento da Barragem Sul Superior do Gongo Soco, de responsabilidade da Vale.
Nela foram discutidas as alternativas que a cidade tem à sua frente no âmbito jurídico, para cobrar responsabilidades e ressarcimento da empresa, que anunciou na mesma data ter obtido lucro superior a 25 bilhões de reais em 2018.

Contando com a experiência da tragédia de Brumadinho, a promotora Dra. Cláudia Spranger, a Analista do MPMG Liziane Vasconcelos, e os representantes da Sedese, Cristiano de Andrade e Daniele dos Santos Ferreira, apresentaram às autoridades municipais, incluindo o Promotor de Justiça da Comarca, Dr. Cláudio Almeida, um panorama dos caminhos a serem percorridos e dos desafios que serão enfrentados na garantia dos direitos de toda a população cocaiense.
Os representantes reforçaram a necessidade de união nesse momento, atentando-se a todas as necessidades do município e os impactos sofridos. Destacaram também a importância de se intensificar a cobrança à empresa Vale por mais profissionais de saúde e de todas as áreas essenciais que demandarem mais cuidados.
Várias dessas cobranças já vem sendo realizadas pela Administração Municipal desde o dia 8 de fevereiro.
Ainda na reunião já se agendou, para a próxima semana, um encontro com mais promotores da força-tarefa encarregada de apurar os fatos relativos ao rompimento de barragens de rejeitos de minério. A expectativa é de já se reunir com a Vale e apresentar as demandas mais emergenciais. Por iniciativa da Prefeitura, discutiu-se também a necessidade de se exigir uma auditoria externa e independente para avaliar a situação da Barragem Sul Superior, de modo que as informações cheguem corretamente à toda população.