A afirmação do presidente da República, Jair Bolsonaro, ontem (7) que o governo quer uma moeda única para toda a América do Sul, repercutiu. A possibilidade foi apresentada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, ,que admitiu que a proposta interessa muito mais à Argentina. A primeira fase da nova moeda ocorreria entre Brasil e Argentina . Posteriormente se ampliaria às nações, se desejadas.
Nesta sexta-feira, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia criticou a proposta de unificação de moedas sob os argumentos de que ela provocaria a desvalorização do real frente ao dólar e traria mais inflação.

A Argentina enfrenta grave crise econômica de longa duração, com queda livre do peso em relação ao dólar (um dólar vale 45 pesos) e inflação de mais de 30% ao ano. Para comprar um real, o argentino tem que ter no bolso pelo menos onze pesos.
Juntamente com esse quadro, os argentinos sofrem com o altíssimo desemprego e o aumento da miséria que hoje assola mais de 30% da população do país vizinho.
Após as críticas de Rodrigo Maia, o presidente disse que elas são benvindas para ajustar o projeto e que a “moeda única dará uma trava nos projetos socialistas que tentam implantar na América do Sul”.
Foto capa: Marcelo Camargo