Projeto “Preserve” prevê mais obras de conservação patrimonial

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Um projeto para resgatar e preservar a história, “Preserve”,  objetiva cuidar e recuperar o patrimônio religioso e cultural  do município, com intervenções nos templos católicos e no acervo sacro presente no seu patrimônio.

A primeira etapa do projeto foi a restauração de 12 peças tombadas do século XVIII da capela de Santa Quitéria, com investimentos de quase 300 mil em intervenções que duraram quase um ano.

Entre as peças figuram cinco imaginárias (imagens de Santa Quitéria, Nossa Senhora do Carmo, São Luis Gonzaga, São Francisco Bórgia e Crucifixo), seis objetos de iluminação (castiçais) e um material de ritual (pia de água benta).

Outra ação em andamento consiste nas restaurações das peças sacras da capela do Bonfim. As obras vão durar cerca de seis meses e contemplarão peças tombadas dos séculos XVIII e XIX. Entre elas: móvel de guarda (cômoda), móvel de apoio (mesa), imaginárias (Jesus Crucificado e Nossa Senhora da Apresentação), adereço de imaginária (coroa), objetos de iluminação (castiçais) e fragmentos de retábulos.

Com custos de quase 300 mil reais, mais três intervenções serao realizadas nas igrejas Matriz de Nossa Senhora da Conceição, do Rosário e na capela do Senhor Bonfim, as três na sede da cidade.

Elas tiveram seus projetos de reforma e pintura aprovados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a Matriz e pelo o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha) para as outras duas.

Igreja Matriz

Nesta, a Prefeitura irá restaurar todas as esquadrias de madeira (portas, janelas e balaústres), cimalhas e barroteamento; preparação e limpeza superficial de todas as paredes externas com remoção de toda a camada existente; pintura externa; recolocação de vidros; preparação e limpeza do cruzeiro da praça Monsenhor Mendes; e limpeza dos sinos, do chafariz, das pedras e ornatos de cantaria.

Igreja do Rosário

Entre as intervenções previstas para a igreja do Rosário estão: limpeza e conservação do sino; limpeza e restauração dos ornatos de cantaria; limpeza e preparação de todo o piso; substituição de telhas; pinturas em madeira e caiação em paredes internas e externas; reforma e restauração de cimalhas e esquadrias de madeira; e reconstituição do sistema de adobe e pau a pique.

Capela do Senhor Bonfim

Entre as intervenções previstos estão limpeza e reparação de todas as perdes externas; pintura nas madeiras e caiação nas paredes; retirada de madeiras danificadas; instalação de forro em esteira de taquara; reparação e limpeza de todo o piso; limpeza do sino; e reforma e restauração de cimalhas e esquadrias de madeira.

Todas as intervenções estão com previsão de conclusão para o final deste ano e início de 2020.

Dados históricos

Igreja Matriz

Localizada na praça central, a igreja permanece inacabada, mas apresenta elementos raros da arquitetura mineira. Os altares laterais da nave são da primeira metade do século XVIII. É considerada um dos principais patrimônios do município. Teve sua construção iniciada em 1729, substituindo a ‘Matriz velha’ por ser ela pequena e não comportar o número de fiéis da comunidade.

A igreja é edificada em madeira, taipa e pedra e é de uma simplicidade característica do rococó mineiro. Internamente a igreja é bastante rica em detalhes de talha branca e dourada. É comum notar a ornamentação em madeira crua, pintura branca e pintura definitiva, e isto está relacionado com as três fases distintas de construção, sendo que algumas obras ficaram inacabadas.

Capela do Senhor do Bonfim

Datada do final do século XVIII, a Capela do Senhor do Bonfim (localizada na sede) carece de documentação para esclarecimentos maior de sua história. Ela foi construída em madeira com as paredes em pau a pique.

Igreja do Rosário

Localizada na rua do Rosário, sua construção data dos fins do século XVIII, possivelmente, no ano de 1862. Possui em seu interior um altar-mor com talha em estilo D. João V e teto pintado em tons de vermelho e marrom bem escuro. O forro da Capela Mor é da segunda fase do Barroco – um forro de abóbada de berço, sustentado por madeirame.

 

 

 

 

 

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