Um sistema de tratamento de esgoto mais econômico e mais fácil de ser operado foi o escolhido pelos moradores para ser implantando em Catas Altas, no bairro Vista Alegre. A escolha é um avanço no plano plurianual de desenvolvimento do município que definiu, como uma das prioridades, a melhoria no sistema pluvial, ampliação de rede e tratamento do esgoto. .
Para fazer a opção foi realizada visita técnica ao Centro de Pesquisa e Tratamento em Saneamento (Cepts) Universidade Federal de Minas Gerais/Copasa, que aconteceu em setembro, ocasião em que 24 moradores do bairro Vista Alegre e da comunidade Vila Rica estiveram na capital mineira discutindo o melhor sistema para o município.
Três modelos de tratamento foram apresentados. Um deles não se adapta à realidade de Catas Altas, pois necessita de uma lagoa adjacente, impossível no espaço.
O segundo é o mesmo sistema usado atualmente no município e em relação a ele, foram aferidos os prós e contras para a função.
O terceiro tipo, que se mostrou mais adequado à Catas Altas, e foi o preferido pela comitiva, é o que usa reator UASB anaeróbio seguido de um filtro anaeróbio. Ele é eficiente, mais barato e sua operação mais fácil.
Atualmente é utilizado na cidade o reator anaeróbico seguido de iodo ativado por aeração que será substituído.
“Estamos iniciando o processo para licitação da interceptação do esgoto do Vista Alegre à Estação de Tratamento localizada no bairro. Quando estiver em funcionamento, já vai estar com o novo sistema escolhido pelos moradores”, destaca Reginaldo Nascimento, secretário de Agricultura e Meio Ambiente.
“Com esse novo modelo, vamos resolver um problema antigo de Catas Altas, melhorando as condições sanitárias e o meio ambiente em nosso município”, afirmou o vice-prefeito Fernando Rodrigues Guimarães durante a visita em Belo Horizonte.
De acordo com o prefeito José Alves Parreira, esse envolvimento da comunidade na escolha de como vai funcionar um serviço público é inédita em Catas Altas. “Trabalhamos com transparência e queremos que os moradores, que são os mais atingidos pelo problema, possam fazer parte das conquistas e melhorias que estamos buscando para eles. Nosso objetivo é envolvê-los nas decisões para que possam entender que fazem parte da construção de uma cidade melhor”, detalhou Parreiras.
Foto: Fernando Guimarães
