Garantido convênio para recuperação do vapor Benjamim Guimarães

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Aporte de R$ 3,7 milhões está garantido pelo governo federal; anúncio foi feito durante abertura da Semana Nacional do Turismo, em Belo Horizonte

Uma das últimas embarcações movidas a lenha no mundo vai voltar a navegar nas águas do Rio São Francisco, em Minas Gerais: um convênio irá destinar R$ 3,7 milhões para a restauração do Benjamim Guimarães, vapor construído em 1913, ícone do turismo no município de Pirapora, no Norte mineiro.

O acordo foi firmado nessa terça-feira (3/12), pelo Ministério do Turismo, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e pela Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult), por meio do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). 

Durante décadas, o Benjamim Guimarães foi o meio de transporte usado para levar cargas e passageiros no trecho entre Pirapora e Juazeiro, na Bahia. Com capacidade para transportar até 140 pessoas, entre tripulantes e passageiros, o vapor mantém suas características originais, mas está desativado desde 2014, quando foram identificados problemas estruturais que comprometeriam a segurança dos usuários.

Com o aporte do governo federal, a previsão é de que a reforma dure cerca de 12 meses. Com o Benjamim pronto e de volta às águas do São Francisco, a expectativa é de que este seja mais um fator para alavancar o turismo em Minas.

Os planos da Secult para o vapor Benjamim Guimarães vão além da restauração da estrutura física. De acordo com o secretário Marcelo Matte, a intenção é que a embarcação volte a ter as características que a tornaram um grande atrativo turístico no estado.

“Pretendemos atuar em parceria com a Prefeitura de Pirapora, responsável pela gestão do vapor, para viabilizar recursos para que o Benjamim volte a ser motivo de viagens à região, com oferta de vesperatas durante a navegação, tripulação a caráter, entre outros importantes detalhes que fazem da viagem um roteiro turístico encantador”, esclarece.

Restauração

A presidente do Iepha-MG, Michele Arroyo, explica que o projeto executivo para levantamento das obras e serviços necessários para restaurar o vapor Benjamim Guimarães foi finalizado este ano e custou cerca de R$ 200 mil aos cofres do governo estadual. Agora, com o recurso disponibilizado pela União, as licitações das reformas terão início o quanto antes.

“As obras implicam na substituição total do casco do vapor, principal motivo de interdição pela Marinha. Além disso, será feita a restauração do motor e da parte superior do vapor, que é toda em madeira – o que inclui reparos também no mobiliário. Nossa expectativa é de que, em um ano, ele volte às águas para fazer pelo menos o percurso entre Pirapora e Barra do Guaicuaí, que é onde se encontram o Rio São Francisco e o Rio das Velhas, dois tradicionais cursos d’água em Minas Gerais”, explica Michelle.

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