Semana tem teatro, performance, espetáculo musical e mais, no Memorial Vale

Histórias e sarau também estão presentes na programação que continua com outras atrações

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O Memorial Vale traz como estreias, esta semana a peça “Virtude” (dia 16), de André Luiz Dias; a videoperformance “Corpovírus” (dia 17), de Carina Marinho de Paulo; o show “Um método de Atravessar” (dia 18), do cantor Luiz Rocha, o vídeo “Histórias à beira do fogão a lenha” (dia 19), de Madu Costa, e o sarau literário “Com licença de Cruz e Sousa”, de Luscas Gonçalves, que começa no domingo, dia 19, e segue até o dia 26 de setembro.

O espetáculo “Café com Dança”, que harmoniza dança com gastronomia, segue até o dia 17 de setembro, e a performance “Diário de uma mãe performer” acontece até o dia 30 de setembro.

Há quatro exposições em exibição no site do Memorial Vale: “Memorial Chapadão da Zagaia”, de Rodrigo Garcia; “Festejar as Cores: Tradição e Fé na Congada”, de Pollyanna Assis; “Paisagens do Isolamento”, de Daniel Mansur e “Lastro”, de Washington da Selva.

As atrações em curso continuam online. As transmissões feitas pelo Youtube ficam disponíveis permanentemente no canal do Memorial.

Memorial Chapada da Zagaia continua em cartaz no site do Memorial Vale. Foto: Rodrigo Garcia

Confira:

“Virtude”, com André Luiz Dias

Nesta quinta-feira (16) às 19h30, o dramaturgo André Luiz Dias apresenta a peça Virtude, no YouTube do Memorial Vale. O espetáculo discute que o espaço não é mais o mesmo e as coisas e pessoas estão transmutadas em outra geografia possível, num amontoado de sentimentos. Realidade e quimera ocupam o momento de agora. Sons possíveis e silêncios abstratos fazem permanência no momento presente.

André Luiz Dias é licenciado em Artes Cênicas, ator, diretor, bailarino e dramaturgo pelos Cursos Livres da Fundação Clóvis Salgado, Galpão Cine Horto e SP Escola de Teatro. Coordenador e colaborador em projetos de extensão na UFVJM e UFBA. Fundador e diretor artístico do Grupo In-Cena de Teatro, idealizador e diretor geral do FESTTO – Festival Nacional de Teatro de Teófilo Otoni, e atualmente é diretor executivo e arte educador no Instituto Cultural In-Cena.

Videoperformance “Corpovírus”, com Carina Marinho de Paulo

No dia 17 de setembro, sexta-feira, às 19 horas, a bailarina Carina Marinho apresenta a videoperformance em dança contemporânea “Corpovírus’, no YouTube do Memorial Vale. Com uma linguagem próxima à dança-teatro, toda a produção, desde a concepção, direção de movimento, estudo dramatúrgico e roteiro foi pensados pela artista. A filmagem foi realizada em casa, tendo o uso de uma mesa como elemento cênico principal. Na história, o corpo desconhecido de um vírus fragmentou a realidade em partes visíveis e invisíveis. O lado invisível de dentro das casas, nos levando ao confrontamento de novas formas de viver e sobreviver. A obra nos provoca a habitar a realidade do nosso “corpomundo”, entre portas e porões, entre lutas e lutos, entre a paz e o desassossego, entre o medo e a coragem.

Carina Machado em foto de João Espíndula

Carina Marinho é bailarina reconhecida pelo SATED/MG. Iniciou sua trajetória artística em 2002, com estudos em Jazz, Ballet Clássico e Dança Contemporânea. Seu berço principal foi a Cia Jovem de Paraopeba, onde integrou o primeiro elenco em 2005, sob a direção de Alan Keller. Atuou efetivamente no grupo durante quinze anos na pesquisa e criação em Dança Contemporânea. De 2013 a 2020, integrou o elenco da Paraopeba Cia de Dança, com participações no Festival Internacional de Tanzwoche Dresden, na cidade de Dresden/Alemanha (2018 e 2019), e no Festival Internacional de Teatro e Artes Performáticas da Lusofania (FITAP), na cidade de Vila Real em Portugal (2014). Atuou como professora de Dança Contemporânea e coreógrafa na EMAH – Escola Municipal de Artes e Humanidades, em Sete Lagoas/MG, no ano de 2015 e 2016. Além de sua formação artística, estudou Psicanálise Clínica e Didata, e é graduanda em Gestão e Empreendedorismo. Atualmente, com as interrupções dos trabalhos causada pela pandemia do Covid-19, a artista vem desenvolvendo pesquisas e produções de videodanças, juntamente com o Grupo “Projeto 3”, em projetos artístico-culturais.

Espetáculo “Um Método de Atravessar”, de Luiz Rocha

No sábado (18), às 19h30, o ator, cantor e compositor Luiz Rocha apresenta a peça “Um Método de Atravessar”, no YouTube do Memorial Vale. A produção é um solo autoral de Luiz Rocha, com direção dele e de Lydia Del Picchia. A cena acontece em um único ambiente, onde Luiz atua e se relaciona com a luz, a projeção, a trilha sonora e a própria câmera, numa tentativa de explorar os recursos cênicos e performáticos dentro deste novo “palco” em que estamos atualmente confinados. O ofício de cantar nunca esteve tão próximo do teatro como agora, no desconforto de dizer e existir neste espaço do diálogo, da escuta forte e sutil, e ao mesmo tempo denso e espectral que é o teatro.

Luiz Rocha desde 2001 atua compondo trilhas sonoras para teatro, cinema e dança, atuando simultaneamente em várias artes – no teatro como ator, diretor e compositor, na música compondo canções e músicas para publicidade e cinema. Com mais de 15 anos de carreira, Luiz já dividiu o palco com artistas como Arnaldo Antunes, Jorge Mautner, Bem Gil, Letícia Novaes, Bárbara Eugênia, Gabriel Villela e Grupo Galpão. Foi fundador e integrante da banda Todos os Caetanos do Mundo lançando o álbum “Pega a Melodia e Engole” (2015), que teve produção de Chico Neves (Lenine, Gilberto Gil, Los Hermanos, O Rappa, Skank) e participação especial de Arnaldo Antunes. Em 2021 estreia na televisão como Onésio na série Hit Parade do Canal Brasil com direção de Marcelo Caetano.

O vídeo “Histórias à beira do fogão a lenha”, de Malu Costa é a atração do domingo, às 11 horas. da pedadagoga e arte-educadora Madu Costa apresenta “Histórias à beira do fogão a lenha”. Em 35 minutos são narradas histórias autorais com temáticas variadas, ao lado de um fogão a lenha. Enquanto eu preparava um cardápio para o almoço, contava as histórias. A ideia é resgatar a velha e boa tradição das rodas de histórias contadas pelas avós

A apresentação de narrações de histórias autorais à beira do fogão constará de três narrações: 1ª – Embolando Palavras, na qual a menina Moara de 5 anos embola palavras, aprende a fazer bolo com a avó e se entrelaça no amor e na saudade; 2ª – A história do menino Luan. Ele ama comer pequi e se interessa em preservar as árvores do seu entorno. A 3ª – é a Caixa de Surpresa: Victor quer dar um presente original, sem gastos. E, ele nos surpreende com a solução encontrada.

Maria do Carmo Ferreira da Costa, a Madu Costa, é pedagoga, arte-educadora, narradora de histórias, assessora pedagógica, cordelista e escritora de Literatura Infantil.

Começa no domingo (19) e vai até o dia 26, sempre às 11 horas, a apresentação do sarau “Com licença de Cruz e Sousa”, de Lucas Gonçalves.

O sarau é uma leitura/performance “cotidianizada” que aprecia a obra poética do autor simbolista e, através da articulação de práticas de criação, constrói pílulas dos poemas dentro de um contexto ordinário. O que poemas escritos há tantos anos podem nos oferecer nos dias atuais? Como trabalhar poemas tão antigos hoje, no século XXI? O que há na obra de Cruz e Sousa que ainda faz sentido nos dias atuais? O sarau é uma tentativa de aproximar o poeta simbolista do espectador atual.

Luscas Gonçalves é estudante de Letras e pesquisador, reside em Belo Horizonte. Décimo filho, nascido em 1996, na Vila Estrela – Morro do Papagaio. Atualmente, atua na Trupe Estrela; na cena curta Campo Minado e no experimento cênico “Com a licença de Cruz e Sousa”. É autor do livro de poesia Efêmero.

Foto capa: Raquel Neves

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