A inflação da cesta básica em Belo Horizonte foi de 1,88% no último mês, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A alta é a maior entre as 12 capitais estudadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos.
O levantamento mede a variação nos preços de 13 produtos alimentícios. No mês de setembro, em BH, ficaram mais caros: banana (57,65%), café (40,51%), leite (39,35%), farinha de trigo (32,45%), batata (28,95%), pão de sal (17,85%), feijão (16,81%), manteiga (14,32%), carne (2,37%) e óleo de soja (0,62%). Por outro lado, houve queda nos preços do arroz (-1,83%) e do tomate (-24,31%).
Comparando os valores da cesta básica entre setembro de 2022 e setembro de 2021, todas as capitais tiveram alta. Em Belo Horizonte, a inflação nesse período foi de 11,59%. Atualmente, a cesta custa R$ 650,16 e o tempo médio de trabalho necessário para adquiri-la no último mês foi de 118 horas e 14 minutos.
Salário não dá
Tomando como base os valores de São Paulo, o Dieese calcula que salário mínimo necessário deveria ser R$ 6.306,97, isto é, 5,20 vezes o mínimo oficial, atualmente fixado em R$ 1.212. Esse cálculo toma como referência as despesas de uma família de dois adultos e duas crianças com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
A proposta que o governo federal encaminhou ao Congresso para o orçamento de 2023 prevê um salário mínimo de R$ 1.302. Dessa forma, o mínimo irá para o quarto ano consecutivo sem ganho real, acima da inflação.