Para marcar o Dia Internacional da Mulher, 8 de março, o Circuito Gastronômico de Favelas lançou nesta quarta (8) um vídeo em homenagem às três cozinheiras mais velhas do projeto, que é realizado em Belo Horizonte. Dona Dirce, do Alto Vera Cruz, Dona Lia, da Barragem Santa Lúcia e Dona Marlene, do Taquaril, contam suas memórias em episódio do canal do Youtube Casulo Cultura e ARebeldia.
O projeto “Cozinha Ancestral e suas Tradições” tem como objetivo a valorização da identidade gastronômica como patrimônio das comunidades periféricas. Assim, é preciso valorizar os detentores de conhecimento, no caso, as cozinheiras tradicionais da capital mineira.
Homenageadas
“Eu achava que eu não sabia cozinhar, mas pelo jeito, as pessoas gostam do que eu faço”, comenta Dona Lia, uma das cozinheiras homenageadas.
Dona Dirce, que também será homenageada, é a matriarca do projeto e sonhava em ter um grande restaurante. “Já trabalhei em várias cozinhas, muitos restaurantes, grandes, pequenos e de vários estilos. Sou do interior e lá porco, galinha e peixe não falta”, conta Dona Dirce, que tem seu restaurante no Alto Vera Cruz.
Já Dona Marlene, do Taquaril, é a terceira homenageada. “Assim que nasci voltei para Governador Valadares e fui morar na beirada do Rio Doce. A gente vivia na roça, não ia à farmácia, não comprava remédio, não ficava medindo pressão, o que a gente fazia era tomar uns chás todos os dias, um bom café, com broa ou mesmo cubu, uma quitanda originada da mistura de várias culturas”, completa.
Marlene tem como especialidade as ervas e as Plantas Alimentícias Não Convencionais (Pancs).
