Pelo segundo dia, os advogados da Casa Branca apresentaram a defesa de Donald Trump no processo de impeachment do presidente americano.
Hoje (28) é a última oportunidade para eles tentarem convencer os 100 senadores de que Trump não cometeu abuso de poder e obstrução ao congresso, os dois artigos que fundamentam o processo.
Os advogados de Trump têm insistido que esse processo ataca a Constituição norte-americana, que o presidente não praticou nenhum crime e que não houve pressão sobre a Ucrânia.
Os democratas insistem que a maioria republicana no Senado tem de aprovar a audição de novas testemunhas e a apresentação de novas provas.
Trump é acusado pelos democratas de ter abusado dos privilégios do cargo, para pressionar o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar a família de Joe Biden, seu maior rival entre os candidatos democratas às eleições presidenciais de 2020.
Como ex-auxiliar John Bolton pode ‘incendiar’ impeachment de Trump
Congressistas democratas aumentaram a pressão para que o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos John Bolton deponha no julgamento do impeachment.
O possível depoimento ganhou ainda mais importância após relatos de que, em novo livro, Bolton afirma que Trump disse a ele que tinha a intenção de congelar ajuda militar à Ucrânia até que o governo do país ajudasse nas investigações contra democratas, incluindo o ex-vice-presidente Joe Biden.
A informação estaria em um rascunho do livro, obtido pelo jornal The New York Times.
Trump nega os relatos. O testemunho de Bolton, porém, colocaria em xeque as alegações do presidente , que afirma não ter cometido abuso de poder ao pedir que o presidente ucraniano Volodomyr Zelensky, em um telefone em julho de 2019, investigasse Biden, seu potencial rival nas eleições presidenciais de novembro deste ano.
“Se John Bolton disse isso, foi só para vender livros”, escreveu Trump no Twitter.
*Da Redação com informações da Abr e BBC News
Foto: Boris Baldinger