Alerta máximo: Barragem da Vale pode romper a qualquer momento em Barão de Cocais

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A estrutura Sul Superior, da Mina de Gongo Soco, da Vale, está no nível 3 de emergência e corre risco iminente de colapso. Lama chegaria em uma hora na zona secundária onde estão 3 mil casas.

Moradores de 3 mil casas de Barão de Cocais teriam menos de uma hora para sair em caso de rompimento da Barragem Sul Superior, da mina de Gongo Soco, segundo a Defesa Civil. A estrutura, que segue em nível 3 de emergência, e corre risco de entrar em colapso a qualquer momento.

Cerca de 450 moradores que viviam na área de autossalvamento estão fora de suas casas desde o dia 8 de fevereiro, quando as sirenes de alerta soaram pela primeira vez. Agora, com o alerta de rompimento, a Defesa Civil corre contra o tempo para preparar os outros moradores que podem ser atingidos em caso de colapso da estrutura.

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Integrantes da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, da Prefeitura de Barão de Cocais e da Vale discutem neste sábado como será feito o treinamento destas pessoas. Elas reclamam que a medida veio tarde demais.

“A preocupação agora é a zona secundária onde que essa lama demora aproximadamente uma hora para chegar. Nós temos esse curto espaço de tempo para retirar essas pessoas”, disse o coordenador adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Godinho.

O prefeito de Barão de Cocais, Décio Geraldo dos Santos, afirmou na noite desta sexta-feira que os moradores que continuam na área secundária “não têm motivo para entrar em pânico”. “Não houve rompimento da barragem, mas precisam ficar alertas”, disse.

A Defesa Civil Estadual e Tropa de Choque foram deslocadas para a cidade, onde ficarão de prontidão, caso pessoas que moram na área 2 precisem ser retiradas de casa.

A Barragem Superior Sul está entre as dez que a Vale pretende eliminar. Ela foi construída pelo método de “alteamento a montante”. Considerado ultrapassado e menos seguro do que outras alternativas existentes, ele é o mesmo usado na construção de barragens que se romperam em Mariana, em novembro de 2015, e em Brumadinho, em 25 de janeiro deste ano.