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Alforriado Matias, abolicionista do Barreiro, é homenageado pelo Memorial Vale

Personagem é lembrado no mês da Consciência Negra

Documentário que resgata a história desse personagem importante para a história de Belo Horizonte será exibido no Memorial a partir desta quinta-feira (09/11) durante um mês.Tela com imagem de Matias também estará em destaque sobrepondo a Alegoria da República.

A história do Alforriado Matias é o roteiro do minidoc que será exibido no Memorial Vale durante o mês de novembro, a partir desta quinta-feira (09/11).

Matias é o abolicionista que viveu como escravizado e mudou o curso da história da região do Barreiro.
A imagem do abolicionista também ficará no centro das atenções.
A tela, construída pelo artista Senegambia em parceria com o Instituto Alforriado Matias, substituirá a Alegoria da República que ocupa o segundo piso do Memorial Vale.
Esta simboliza os ideais dos donos do poder da época de construção de Belo Horizonte, uma visão europeia que agora está subposta a imagem do Alforriado Matias, homem negro que lutou pela sua liberdade.
As ações integram a programação especial do Memorial Vale no mês dedicado à Consciência Negra.
Essas atrações acontecem no horário de funcionamento do Memorial Vale, com entrada gratuita.


História


O minidocumentário “Alforriado Matias” narra parte da história do escravizado que trabalhava na Fazenda Barreiro, que dá nome à atual região.

Ela pertencia ao Major Cândido Brochado que havia lhe prometido a alforria.

Porém, Matias foi vendido perto da Lei do Sexagenário entrar em vigor com idade superior a sessenta anos, o que o levou a fugir e jurar vingança contra o Major.

Com a ajuda de mulheres escravizadas que trabalhavam na casa de Brochado, Matias armou uma emboscada e assassinou o escravocrata.
Recentemente, foi descoberto o dia em que Matias realizou sua vingança.

Através de documentos que registraram a morte de Cândido Brochado como sendo em 30 de outubro de 1877.
Após essa data, se sabe que muitos escravizados da Fazenda Barreiro foram libertados.

Mas os detalhes de como isso ocorreu ainda não foram descobertos.

O filme também traz histórias de resistência de pessoas ligadas a causa negra.

Entre elas as dos produtores culturais Ayobami Nombuelo e Marlon Andreata, do artista Maurício Tizumba e da vereadora Iza Lourença.

Além do documentário, durante o mês de novembro até o dia nove de dezembro, a Alegoria da República será sobreposta pela imagem do Alforriado Matias.
A imagem, construída pelo artista Senegambia em parceria com o Instituto Alforriado Matias, simboliza a luta por liberdade e a coragem dos povos escravizados.
Com esta intervenção, o intuito do Educativo do Memorial é convidar o público a refletir sobre as contribuições das pessoas negras para a cultura mineira e brasileira, além de trazer e resgatar a história deste personagem tão importante para a capital mineira.

Foto: HB audiovisual

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