Anteprojeto na Câmara de Santa Bárbara propõe instalação de microfones em salas de aula

Melhoria na rotina de trabalho dos professores da Rede Municipal de Educação é o objetivo da proposta.

Dados apontam o desgaste da voz dos educadores como um desestímulo à permanência dos profissionais na atividade.
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Para garantir a preservação da principal ferramenta de trabalho do professor, a sua voz, um anteprojeto de lei tramita na Câmara de Santa Bárbara.
De autoria do vereador José Leonardo de Souza (Léo Baiano), a proposta pretende dar suporte a fim de facilitar a condução do conhecimento didático dos professores aos seus alunos, com a implantação e instalação de microfones, alto falantes e amplificadores, fixos ou portáteis, em todas as salas de aula da rede municipal de ensino.
O desgaste da voz de profissionais da educação ao longo dos anos pode ter como causa a indisciplina ou excesso de estudantes, ou ainda pelo barulho ocasionados por problemas externos, como escolas localizadas em avenidas ou ruas de grande movimento, dentre outros.
Estes fatores obrigam os educadores a forçar bastante a voz, gerando, inclusive, doenças graves nas cordas vocais. O autor considera que a implantação do uso de microfones nas salas de aula da rede pública é uma medida emergencial, tendo em vista que a adequação de número reduzido de alunos em classe é um processo mais lento e demanda construção de novos prédios e contratação de profissionais. Assim, tal medida também contribuirá com a melhoria da qualidade do ensino para as crianças e os adolescentes.

Dados e efeitos
De acordo com pesquisas recentes, no Brasil, 35% dos professores ativos relataram a presença de cinco ou mais problemas vocais e 63% disseram já ter tido algum problema durante a vida. Além disso, os dados apontam que 16,7% dos docentes consideram mudar de profissão no futuro em virtude dessas questões.

Cansaço vocal (92%), desconforto para falar (90,4%), esforço para falar (89,2%), garganta seca (83,4%), rouquidão (82,2%), dificuldade para projetar a voz (82,8%), instabilidade ou tremor na voz (79,3%) e dor de garganta (72,7%) são os principais problemas relatados pelos educadores.

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