Aos 97 anos, morre Cid Moreira, o ícone do telejornalismo brasileiro

Apresentador tinha 97 anos

Durante 27 anos, o jornalista e apresentador esteve à frente do Jornal Nacional e foi responsável por noticiar alguns dos momentos mais importantes da história do Brasil e do mundo.
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Nesta quinta-feira (3), o telejornalismo brasileiro lamentou a morte de um dos apresentadores mais marcantes de sua história. Cid Moreira, 97 anos.

Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, no dia 29 de setembro de 1927, Cid Moreira começou sua carreira no rádio, mas foi na televisão que alcançou o sucesso e o coração dos brasileiros.
Durante 27 anos, o jornalista e apresentador esteve à frente do Jornal Nacional e foi responsável por noticiar alguns dos momentos mais importantes da história do Brasil e do mundo, desde eleições presidenciais até tragédias e grandes conquistas.
Com uma dicção perfeita e um estilo único, ele se tornou referência no jornalismo, sendo lembrado pela forma calma, porém firme, com que transmitia os acontecimentos.
Também fica marcado seu jeito de desejar boa noite a todos os lares no Brasil por mais de 8 mil vezes.
Ainda de acordo com os arquivos da Rede Globo, em que permaneceu por mais tempo, Cid ficou conhecido por inovar aquele ambiente televisivo que ainda estava sendo construído.
“Gosto mais das notícias de grande impacto, de emoção, porque eu tenho sensibilidade para passar isso, e consegui passar durante todos esses anos.
Quando o Drummond morreu, fizemos um ‘boa noite’ diferente.

No final do jornal, sussurrei: ‘E agora, José?’ Ninguém esperava isso. Fizeram uma fila para me cumprimentar, e até hoje me sinto honrado.”

Trajetória

O jornalista teve suas primeiras experiências em televisão em meados da década de 1950, na TV Rio, apresentando comerciais ao vivo em programas célebres como “Além da Imaginação” e “Noite de Gala”.
Dentre os sucessos pelos quais o jornalista ficou conhecido estão a gravação, feita em 2001, em áudio da Bíblia cristã na íntegra e em linguagem atual que chegou a ter 33 milhões de cópias vendidas e a narração do quadro bem humorado do Fantástico em que ele apresentava o mago Mister M.

Foto: Jornal do X/Captura de tela

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