A Petrobras anunciou nesta segunda-feira (8) um reajuste no preço da gasolina e do gás de cozinha vendidos a distribuidores de combustíveis, com aumento previsto a partir de hoje, (9).
A decisão foi tomada em meio à pressão de concorrentes da estatal, que solicitaram a revisão dos preços devido à valorização do dólar.
A Associação Brasileira de Refino Privado (Refina Brasil) ameaçou entrar com uma ação judicial caso a Petrobras não realizasse o reajuste, alegando que a falta de aumento inviabilizaria a produção privada de combustíveis no país.
A Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) divulgou que a Petrobras estava vendendo gasolina R$ 0,59 mais barata do que no exterior, uma diferença de 18%.
Em resposta, a estatal aumentou o preço do litro da gasolina em R$ 0,20, passando de R$ 2,81 para R$ 3,01, um aumento de 7,11%.
Já o gás de cozinha terá um acréscimo de R$ 3,10, elevando o valor do botijão de 13 kg para R$ 34,70, um aumento de 9,8%.
O economista Eric Gil Dantas, do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), expressou sua insatisfação com o reajuste, alegando que a Petrobras cedeu à pressão dos concorrentes.
No entanto, Mahatma Ramos dos Santos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep), destacou que a estatal continuará oferecendo preços mais baixos que os concorrentes, mesmo com o aumento, devido à influência da alta do dólar nos custos internos.
Política de preços
Desde a mudança em sua política de preços em maio de 2023, a Petrobras deixou de adotar o Preço de Paridade de Importação (PPI) para reduzir a dependência de fatores internacionais. Apesar disso, o preço da gasolina vendida pela estatal caiu R$ 0,17 e o botijão de gás de cozinha ficou R$ 7,34 mais barato desde o início do mandato do presidente Lula.
Embora haja críticas sobre a falta de um verdadeiro “abrasileiramento” dos preços, a nova gestão da Petrobras sob a engenheira Magda Chambriard promete zelar pela estabilidade dos preços, evitando instabilidades diárias.
A última vez que a Petrobras aumentou o preço da gasolina foi em agosto de 2023.
