Após ter passaporte apreendido, Bolsonaro passa duas noites em embaixada da Hungria

Parte do carnaval foi na embaixada húngara

Uma apuração de um jornal norte-americano revelou, nesta segunda-feira (25), que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria tentando se esconder após ter o passaporte apreendido.
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No dia 8 de fevereiro, a Polícia Federal confiscou o passaporte do ex-presidente e prendeu dois de seus ex-assessores.

Os presos foram acusados de terem planejado um golpe de Estado depois que Bolsonaro perdeu as eleições presidenciais de 2022.


Quatro dias depois, conforme imagens obtidas pelo New York Times, Bolsonaro estava na entrada da Embaixada da Hungria no Brasil, esperando para entrar e, segundo o veículo, conseguir abrigo.

Na Hungria, inclusive, o presidente é tido como um ditador de extrema direita e aliado do ex-presidente brasileiro.
Conforme mostrou a filmagem obtida pelo veículo, o ex-presidente pareceu ter passado cerca de dois dias na embaixada.

Ele era acompanhado por dois seguranças e servido pelo embaixador húngaro e por membros da equipe.
Bolsonaro não pode ser preso em uma embaixada estrangeira, já que o que funciona naquele ambiente é a regra do país que o acolhe.

Neste caso, seria de responsabilidade das forças policiais internacionais.


O que diz a defesa de Bolsonaro


Leia a seguir a íntegra da nota divulgada pelos advogados de Jair Bolsonaro:

COMUNICADO AOS VEÍCULOS DE IMPRENSA

O ex-Presidente da República, Jair Bolsonaro, passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo.

Como é do conhecimento público, o ex-mandatário do país mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires.

Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar, a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo atualizando os cenários políticos das duas nações.

Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news.

São Paulo, 25 de março de 2024.

Foto: Reprodução New York Times

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