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Arquidiocese de Mariana promove cerimônia de Protocolo de Envio dos someiros do órgão Arp Schnitger

Arquidiocese de Mariana promove cerimônia de Protocolo de Envio dos someiros do órgão Arp Schnitger. Foto: Catedral de Mariana/Reprodução.

A Arquidiocese de Mariana realizou, no último domingo, 9, a cerimônia de Protocolo de Envio dos someiros do órgão Arp Schnitger. Depois de um longo período de captação de recursos e reuniões, o projeto seguirá com o apoio da Prefeitura de Mariana, por meio do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, em um investimento de R$ 1,2 milhão.

A solenidade ocorreu pela manhã na Catedral da Sé, no centro histórico de Mariana e reuniu representantes da arquidiocese e fiéis. A partir de agora, as peças do instrumento serão enviadas para Cuenca, na Espanha, onde vão passar pelo restauro. Dessa forma, a previsão é de que os reparos terminem ainda este ano e de que o órgão volte a funcionar nas comemorações do dia 6 de dezembro, data em que a Arquidiocese completa 280 anos.

Arcebispo de Mariana assina o documento do protocolo de envio.
A cerimônia aconteceu após a missa das 10h. Foto: Catedral de Mariana/Reprodução

Patrimônio

O órgão Arp Schnitger é um presente do Rei D. João V para a então recente Arquidiocese de Mariana, no século XVIII. Na época, a cidade tinha seu primeiro bispo, Dom Frei Manoel da Cruz, e contava com um organista, Pe. Manuel da Costa Dantas, e um mestre de capela, Pe. Gregório dos Reis Melo.

O Rei D. João V morreu antes de enviar o instrumento para o Brasil. Desse modo, seu filho D. José I atendeu ao desejo do pai e o enviou para Mariana. Foto: Arquidiocese de Mariana/Reprodução.

O instrumento foi construído na Alemanha por Arp Schnitger, considerado o maior e mais influente construtor de órgãos da era barroca no norte da Europa, e é o único feito por Schnitger localizado fora do continente europeu.

Além da grande importância cultural, o órgão é também um pedaço da história da cidade. O instrumento movimentou a cena musical na Sé de Mariana intensamente, logo diversos compositores mineiros e de outros estados do Brasil criaram partituras para tocá-lo. Atualmente essas partituras estão hoje expostas no Museu da Música de Mariana.

Os someiros nada mais são do que caixas que contém o fole do órgão. Foto: Catedral de Mariana/Reprodução.
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