Assembleia decreta luto pelas mais de 40 mil mortes por Covid-19 em Minas

Por três dias, ficam proibidas comemorações no âmbito da Assembleia. Na mesma data, governador Zema entregou 300 máscaras em Bom Despacho e peregrina região anunciando projetos financiados com recursos da Vale, pelo crime de Brumadinho.
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O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Agostinho Patrus (PV), decretou luto oficial de três dias, no âmbito do Parlamento mineiro, em razão das mais de 40 mil mortes provocadas pela Covid-19 em Minas Gerais.

Durante o período de luto oficial, ficam proibidas comemorações de qualquer natureza na Assembleia. As bandeiras de Minas Gerais e de Belo Horizonte estão hasteadas a meio-mastro no Hall das Bandeiras da ALMG, em memória e respeito às vítimas da doença.

“Quarenta mil mortes pela Covid-19 em Minas Gerais. Peço que hoje dediquemos nossos pensamentos às mães, pais, avós, irmãs e irmãos que partiram de forma tão trágica. Cada um era especial e amado. Para honrar tantas memórias, decretamos luto oficial na ALMG”, afirmou Agostinho Patrus.

O Boletim Epidemiológico divulgado nesta sexta-feira pela Secretaria de Estado de Saúde registrou 40.026 mortes por Covid-19 e 1.555.284 casos confirmados da doença.

Zema

O governador Romeu Zema (Novo) aproveitou o dia para distribuir 300 máscaras para prevenção à covid-19 em Bom Despacho e Martinho Campos. Foto: Gil Leonardi/imprensaMG

Zema ainda se encontrou com prefeitos e empresários para escutar as demandas e apresentar o plano de ações e obras pra região, com recursos do acordo realizado, entre o governo de Minas, Tribunal de Justiça de Minas Gerais e a responsável pela tragédia, a mineradora Vale. O acordo não teve participação de representantes do legislativo mineiro.

Votação

A Vale depositou em juízo, mais de 1 bilhão de reais, dos cerca de 30 bilhões previstos para compensar danos ao estado e municípios afetados. O depósito desta forma justifica-se em função da necessidade de aprovação pelos deputados, na assembleia mineira, do projeto de lei enviado pelo governo estadual para “legalizar” o recebimento e sua utilização nos projetos propagandeados por Zema nas reuniões realizadas com prefeitos e lideranças dos municípios que visitou na região, recentemente.
Parado na Assembleia, o projeto virou uma queda de braço entre deputados, oposicionistas e o governador.

Foto capa: Willian Dias/ALMG

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