Audiência pública veta projeto de alargamento do passeio da rua Dom Viçoso

A obra, que ocorreria em frente ao Jardim de Mariana, tinha como objetivo o aumento da acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida

Apresentação do projeto de reforma do passeio da rua Dom Viçoso
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Na terça-feira (26), às 18h00, a Prefeitura de Mariana promoveu uma Assembleia Popular, no Centro de Convenções, para definir os rumos do projeto de acessibilidade planejado para o Jardim.

A proposta era reformar a rua Dom Viçoso, alargando os passeios no intuito de aumentar a acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida ao local, contando com a verba fornecida pela Fundação Renova. No entanto, o projeto não foi aprovado pelos moradores presentes na Assembleia. A reunião teve início com o discurso do prefeito Juliano Duarte, que retomou a questão das obras ocorridas no Jardim e introduziu o tema da reforma proposta.

Para ilustrar o plano, o arquiteto da prefeitura apresentou um modelo em 3D que simulava o resultado da obra,  a população pode se manifestar em falas de até cinco minutos, com direito a réplica do prefeito.

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A maioria dos cidadãos não estavam satisfeitos com a reforma proposta, uma vez que as reclamações mais presentes nos depoimentos era de que diversas ruas da cidade se encontravam em piores condições do que o Largo do Jardim, uma vez que boa parte da rua Wenceslau Brás, por exemplo, não possui passeio para pedestres, no entanto a prefeitura concentra a verba para reformas prioritariamente no centro turístico.

Além disso, os comerciantes e moradores do entorno do Jardim, também tocaram na questão da diminuição da rua mais movimentada do local, onde se encontram a maioria dos bares e restaurantes, reduzindo o espaço para tráfego de veículos, que já é estreito devido a movimentação no local e a constante parada de caminhões para descarga de produtos nos estabelecimentos comerciais.

Um dos moradores, inclusive, comentou que tem dificuldades para entrar na garagem de sua casa devido ao tamanho da rua dos bares, que não comporta a dimensão do tráfego de pessoas e carros, situação que seria agravada caso a largura da rua reduzisse ainda mais.

Às 20h00 o prefeito declarou como encerrado o período de manifestação dos cidadãos e convidou uma moradora com mobilidade reduzida para declarar seu posicionamento a respeito das obras propostas, tendo a mesma se posicionado a favor da reforma do Largo do Jardim, declarando que a dificuldade para frequentar aquele espaço público é enorme para pessoas dependentes da cadeira de rodas para se locomover.

Após a fala, a votação foi aberta, devendo continuar na sala apenas aqueles que desejavam votar, bastando ser morador da cidade para se manifestar. A regra definia que quem permanecesse sentado estaria a favor da obra e os que se levantassem, contra.

A maioria das pessoas presentes se abstiveram do voto, observando o resultado do lado de fora da sala. Como das pessoas votantes a maior parte se posicionou contra a reforma, a proposta foi negada.

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