Audiências públicas em Santa Bárbara e Caeté discutem Projeto Apolo da Vale

Área utilizável foi reduzida e seus processos otimizados

Empresa diz que nova proposta de mina é menor e mais sustentável, com produção simplificada que não gera rejeitos e elimina o uso de barragens.
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A Vale vai realizar, nos dias 22 e 23 de maio, às 18h, audiências públicas nos municípios de Santa Bárbara e Caeté, respectivamente, referentes aos projetos de mineração e de sondagem Apolo a Umidade Natural.
Para isso, a empresa vai disponibilizar transporte gratuito para participação das comunidades vizinhas ao projeto.
As sessões também serão transmitidas ao vivo pela internet, via YouTube, entretanto, sem possibilidade de interação.
As inscrições para acesso ao transporte estão abertas e às sessões online podem ser feitas pelo site www.vale.com/projetoapolo .

As audiências públicas têm como objetivos informar, esclarecer dúvidas e debater sobre o novo conceito do empreendimento.
Ele teve sua área reduzida e seus processos otimizados em relação ao projeto original de 2009.
Segundo a Vale, a nova proposta elimina a geração de rejeitos e a necessidade de barragens na produção de minério de ferro.
Nas audiências será apresentado o projeto de sondagem a ser realizado na região para subsidiar o detalhamento do empreendimento.

O projeto

O novo Projeto Apolo a Umidade Natural está localizado entre os municípios de Caeté e Santa Bárbara.
Ele consiste na instalação de uma unidade operacional, abrangendo mina, pilha de estéril, usina de tratamento de minérios.

Também prevê a construção de um ramal ferroviário de 8 km que se conectará à Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM).


Desta forma, facilitará o escoamento da produção via ferrovia até o Porto de Tubarão, em Vitória (ES).

O projeto prevê a produção de cerca de 14 milhões de toneladas de Sinter Feed por ano a umidade natural.

Este modelo não utiliza água no beneficiamento do minério de ferro.
Por este método de tratamento a seco do mineral, não há geração de rejeitos.

Assim, fica eliminada a necessidade de barragem ou outra estrutura para disposição de rejeitos.

Isto torna possível reduzir a necessidade de água nova para o novo projeto em 95%, com previsão de aproximadamente 100 m³/h para atividades de limpeza e de controle ambiental, garante a Vale.

Antes, em 2009, a estimativa era a utilização de 1.900 m³/h.

Pelo projeto atual, será utilizada uma área de 1.368 hectares, cerca de 32% menor em relação ao escopo de 2009, que era de uso de 2.000 hectares.
Segundo a Vale, a nova proposta representa 890 campos de futebol a menos na área do empreendimento e não interfere nos limites do Parque Nacional da Serra do Gandarela.
Ainda de acordo com a mineradora, quase 50% da área do parque, o que representa 15 mil hectares do total de 31.270 hectares da unidade de conservação, pertencem à empresa.

Ela afirma que esta área poderá ser doada ao ICMBio como compensação ambiental de projetos.

Foto: Divulgação Vale e EFVM

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