Bordadeiras de Ouro Preto recebem titulo de Patrimônio Imaterial

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A Prefeitura de Ouro Preto realiza hoje, dia 31 de janeiro, uma cerimônia para entrega do título de Patrimônio Imaterial concedido ao Ofício de Bordadeiras e Rendeiras de Ouro Preto. O evento acontece no anexo do Museu da Inconfidência às 16 horas.

Doze grupos da cidade receberão o certificado. São eles: Associação de Artesãs de Amarantina, Bordados D’ouro Preto, Grupo Artes da Terra, Associação Artes Mãos e Flores, Mulheres de Fibra, Doninhas de Lavras Novas, Associação das Senhoras Artesãs de Ouro Preto, Grupo Colchas de Versos, Associação das Artesãs Mulheres em Ação, Associação de Artes, Artesanato, Cultura e Oficio do Bairro São Cristóvão, Casa da Chita, e Maria Joana de Oliveira (abrolhos).

“É um ofício tradicionalíssimo em nossa cidade que remonta desde o período colonial, num primeiro momento ligado às questões religiosas e da ocupação familiar, e hoje uma fonte de renda de muita importância para diversas famílias, diversas pessoas e diversas associações ligadas ao oficio do bordado e da renda em Ouro Preto”, lembrou o secretário Municipal de cultura e Patrimônio, Zaqueu Astoni.

A cerimônia é aberta ao público em geral. Na ocasião será exibido o documentário sobre as bordadeiras produzido pela Prefeitura.

O registro do ofício das bordadeiras

O registro do ofício das bordadeiras se iniciou em 2015 com solicitação da Associação de Arte, Artesanato, Cultura e Ofício do Bairro São Cristóvão. A partir de 2016, o departamento de Patrimônio Imaterial iniciou as pesquisas, entrevistando e catalogando mais de 15 grupos diferentes de bordadeiras, entre os distritos e a sede do município de Ouro Preto.

Eventualmente a Prefeitura cede espaços públicos para os grupos de bordado exporem seus produtos, como acontece na a Casa de Gonzaga de Ouro Preto, local onde funciona a Secretaria de Turismo do Município. O trabalho destas bordadeiras alcançou uma projeção maior e grupos de bordado do município fizeram parte de alguns programas de televisão, nos quais elas transmitem seus conhecimentos e relatam as experiências com o bordado em Ouro Preto.

Patrimônios imateriais de Ouro Preto

Tanto o Ofício de Bordadeiras e Rendeiras de Ouro Preto quanto a Festa do Reinado de Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia foram declarados Patrimônio Imaterial do município em 2019.

Ouro Preto conta agora com seis bens registrados como patrimônio cultural imaterial. Integram a lista também a Tradicional Produção de Doces Artesanais de São Bartolomeu, declarada em 2008, a Festa de Nossa Senhora dos Remédios do Fundão do Cintra, em 2009, as Cavalhadas de Amarantina, em 2013, a Celebrações do Divino Espírito Santo de São Bartolomeu, em 2015.

Esta ação integra as comemorações dos 40 anos do título de Patrimônio Cultural Mundial concedido pela UNESCO à cidade em 1980.

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