Cachoeira do Campo, Amarantina, Itabirito e Senador Firmino recebem acervos restaurados pela FAOP

O trabalho foi feito por alunos do Curso Técnico em Conservação e Restauro da FAOP sobre orientação dos professores responsáveis e a equipe técnica entre 2018 e 2020

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Mais que simplesmente restaurar, devolver à uma comunidade esse acervo é um ato de respeito, compreensão da importância do patrimônio cultural e entendimento da história de um lugar. Assim, na última sexta-feira, 9 de julho, a Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP) entregou às igrejas de Cachoeira do Campo, Amarantina, Itabirito e Senador Firmino as artes sacras restauradas após dois anos de trabalho.

O prefeito Angelo Oswaldo, entusiasta da arte, fez questão de estar presente nesse momento que é tão importante para a história dessas comunidades. “Hoje é um dia muito especial para nós, um dia após o aniversário de Ouro Preto, temos esse presente com imagens da belíssima matriz de Nossa Senhora de Nazaré em Cachoeira do Campo, uma das igrejas mais bonitas da primeira fase do barroco mineiro, e da matriz de São Gonçalo de Amarantina, que já estamos com projetos para apoiar a restauração dos dois retábulos históricos da matriz e de alguns elementos importantes também para serem recuperados”. Angelo ainda ressalta a importância da instituição para a cultura do Município. “Nosso agradecimento à FAOP por estar em Ouro Preto, por realizar esse trabalho, por formar técnicos e especialistas e por ajudar a preservar nosso acervo de arte sacra tão significativo dentro do enorme patrimônio da cidade”.  

Padre Jean Lúcio de Souza, coordenador da Comissão Arquidiocesana de Bens Culturais e membro da Comissão de Arte Sacra, é também ex-aluno da FAOP e diz estar cada vez mais grato pelo trabalho realizado na instituição. “É uma expressão de zelo e cuidado. A restauração, embora ela possa parecer que é um pouco deslocada da existência, mas quando a gente vê que a obra retorna para seu lugar de origem, percebemos que não é mais só a ‘coisa’ que foi restaurada, mas existe uma manutenção clara da memória patrimonial. Ninguém vive sem memória. Um ser desmemoriado perde a sua identidade e quando a FAOP se dispõe a esse trabalho, ela faz com que a identidade do nosso povo seja conservada”.

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Jefferson da Fonseca, presidente da FAOP, agradeceu a presença de todos e a acolhida da instituição e da cidade por sua recém-chegada à presidência da casa. “O trabalho de preservação da memória faz toda diferença no mundo. Sabemos bem que nós não conseguimos avançar sem olhar com carinho para nossa origem, sem entender melhor a nossa aldeia. Me vejo nesse lugar, acolhido por essa comunidade e, com poucos dias na casa, percebi nitidamente o compromisso, a entrega de todos aqui. E hoje, a gente devolver esse acervo, sabendo que nossos alunos aprendem com cada obra, é de extrema honra”.

Foram entregues três esculturas representando Sant’ Ana Mestra, São Miguel e Almas e Nossa Senhora do Bom Despacho, da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré de Cachoeira do Campo; uma escultura representando São Joaquim, da Paróquia Nossa Senhora da Boa Viagem de Itabirito; uma escultura do Cristo Crucificado, da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré em Amarantina; e uma pintura intitulada “Anjo da Guarda” da Paróquia de Nossa da Conceição de Senador Firmino.

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