Contrários à Reforma Administrativa da forma com que foi apresentada pelo Poder Executivo de Itabirito, motoristas, mecânicos e operadores de máquinas da Prefeitura fizeram manifestação silenciosa e pacífica na Câmara de Vereadores, durante reunião ordinária desta segunda-feira (17/4). Alguns garis também participaram do ato.
Os manifestantes ainda se mostraram contrários à manutenção dos salários de cerca de 50 servidores, que tiveram aumentos substanciais no governo anterior da Prefeitura. Segundo os presentes na Casa Legislativa, a atual administração da Prefeitura tem a intenção de manter tais vencimentos.
De acordo com os manifestantes, “a Prefeitura não ouviu os concursados para a feitura dos projetos da reforma”.
“Existe a intenção de cortar o concurso público ‘de técnico para baixo’, cortar férias-prêmio, as punições serão verbais (…). Eles querem ainda criar condições de exonerar quem chegar atrasado frequentemente, tirando nossa estabilidade, além de mandar embora os aposentados”, disse um motorista manifestante.
Outro motivo para que os servidores estivessem na Câmara é o aumento de R$ 84 para motoristas previsto na reforma. “Sendo que os auxiliares administrativos vão receber R$ 1.500 de aumento”, afirmou o entrevistado.
Os manifestantes estão chamando a reforma de “chicote”. “É uma covardia”, acredita o ouvido pela Comunicação da Câmara.
Presidente
Em sua fala, o presidente Arnaldo dos Santos (MDB) disse: “Nós estamos aguardando a Reforma Administrativa voltar. Inicialmente seria hoje (na segunda). Mas pode ser na semana que vem”.
O presidente continuou: “Gostaria de dizer que essa reforma é decisão do Executivo (…) Que fique claro: a vida de vocês, enquanto servidores públicos, está nas mãos da Prefeitura. Nós vamos votar a reforma que vier para cá. A reforma é um pouco cruel porque não tem muito o que emendar. Caso se faça uma emenda, eles dizem: ‘essa emenda não é competência do vereador’. Acredito que dê tempo ainda: vocês terão que fazer uma pressão na Prefeitura! Acho que a reforma peca em alguns pontos porque tem sempre uma turma insatisfeita. Mas, ao mesmo tempo, é urgente para ser aprovada para outras tantas pessoas (…). Correção do salário e o piso do magistério, por exemplo, temos de fazer por meio de lei. No caso dos professores, o aumento será de cerca de R$ 1.500. Reprove ou aprove, nós temos que votar. O PL da reforma não está em nossas mãos”.