Candidaturas femininas crescem em 2020, mas ainda não representam a população brasileira

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Com o fim do prazo de registro de candidaturas para as eleições municipais deste ano, já é possível dizer que o Brasil continua longe de ter uma quantidade de candidatas mulheres que ocupe o mesmo espaço na disputa daquele que as brasileiras representam na população.

Apesar de as mulheres serem 52,5% do eleitorado, elas representam apenas 33,3% do total de candidaturas neste ano, para prefeita, vice-prefeita ou vereadora.

Foram pouco mais de 522 mil pedidos de registro de candidatura, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sendo cerca de 183 mil de mulheres.
Mesmo abaixo de uma real representação da população brasileira, esses dados são um recorde para as eleições municipais: em 2016, as candidaturas femininas foram 31,9% do total e, em 2012, 31,5%.

Crescimento ainda tímido, apesar dos esforços realizados no último ano, diz Professora Dorinha. Foto: Michel Jesus

“[É] Um baixo crescimento, ainda muito tímido, em que pese o esforço realizado no último ano por vários partidos”, avalia a coordenadora da Bancada Feminina na Câmara, deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO).

Segundo ela, alguns motivos explicam esse crescimento aquém do desejável. “Nós entendemos que, além do efeito da pandemia, também tem toda uma questão de uma política contínua de formação, para que as mulheres possam despertar esse interesse, ter segurança em relação ao envolvimento na política, a questão do financiamento não é automático, ainda está sob controle dos líderes partidários”, enumerou.

*Agência Câmara

Foto capa: Adenir Britto/PhotoUpbrasil

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