Celso Horta, um jornalista que lutou contra a ditadura e pelo Brasil do futuro

Torturado na ditadura e preso durante oito anos, Celso Horta livre seguiu dedicando-se à construção de uma nova história para seu país, que faz dele mais um de seus heróis a serem lembrados no 21 de abril

Celso Horta, um jornalista que lutou contra a ditadura e pelo Brasil do futuro
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O jornalista Celso Horta, morto na madrugada deste 21 de abril, é lembrado por diferentes meios como um lutador obstinado. Um preso político que sobreviveu a torturas nos porões da ditadura e a oito anos de prisão. De onde saiu para continuar na luta política, piloto exímio de suas convicções.

“A morte de Celso Horta priva o jornalismo brasileiro de uma das pessoas mais doces, coerentes e corajosas que conheci”, diz Luis Nassif, no Jornal GGN. “Celso dedicou a vida à luta em defesa da democracia, da soberania e da emancipação do povo brasileiro”, assinala o MST. “Importante, nesse período, foi, por exemplo, o respeito mútuo, mesmo quando os entendimentos da realidade eram diferentes. Bons tempos em que discordar politicamente revelava apenas olhares opostos”, destaca o jornalista Joaquim Alessi, um liberal, sobre a convivência com Celso Horta em tempos mais recentes.

Celso Horta foi um protagonista da criação da Revista do Brasil, em 2006, que foi assunto por meses entre intelectuais, jornalistas, dirigentes sindicais metalúrgicos, bancários, químicos e professores, antes de ir para as rotativas. Portanto, a sucessão de ousadias dali decorrentes – RBA, jornal ABCD Maior, TVT, Rádio Brasil Atual, revista Inova ABCD – tem o pensamento desse guerreiro.

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Faria 75 anos no próximo 8 de maio, e inda emprestava à produção intelectual brasileira o seu conhecimento histórico e suas convicções não só em defesa da justiça e da memória, mas também em defesa de um futuro diferente para as gerações que estão por vir. “Celso Horta, presente!” foi um dos termos muito empregados – com toda a justiça – neste 21 de abril em que o Brasil lembra a partida de alguns de seu heróis, de Tiradentes a Tancredo. Horta, agora, é um deles.

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