A imprensa americana afirma que Trump teria falado sobre comprar a Groenlândia, que pertence à Dinamarca e que teria pedido a assessores para que descubram se é possível comprar a Groenlândia da Dinamarca.
O jornal “The Washington Post” afirma que na Casa Branca já foi discutida a legalidade da hipotética compra, do processo para incorporar um território e também de onde sairia o dinheiro para a aquisição.
Vários veículos de imprensa comentaram que os assessores de Trump estão divididos entre os que acreditam que o líder fala seriamente de comprar a Groenlândia e os que consideram tratar-se de um capricho passageiro.
A ilha tem imensos recursos minerais e posição estratégica, além de abrigar uma base norte-americana.
Em resposta à situação, a ministra das Relações Exteriores da Groenlândia, Ane Lone Bagger, disse à Reuters nesta sexta-feira que a maior ilha do mundo não está à venda. “Estamos abertos para negócios, mas NÃO à venda”.
A Groenlândia tem 75% de sua superfícia coberta por gelo e os 2,1 milhões de quilômetros quadrados fazem dela a maior ilha do mundo, embora habitada por somente 56 mil pessoas, a maioria da etnia inuit.
Politicamente, a Groenlândia pertence à Dinamarca, embora trata-se de um território autônomo que desde 2009 maneja todas as competências exceto política externa, defesa e política monetária.
Os Estados Unidos ocuparam em 1941 a Groenlândia para evitar uma possível invasão nazista da ilha depois que os alemães ocuparam a Dinamarca, situação que se prolongou até o fim da guerra em 1945.
Em 1951, os Estados Unidos construíram na Groenlândia a estratégica Base Área de Thule, que ganhou especial importância durante a Guerra Fria.
Trump não seria o primeiro presidente americano a tentar comprar a Groenlândia, já que, segundo o “The Washington Post”, Harry Truman (1945-1953) ofereceu US$ 100 milhões à Dinamarca pela ilha uma vez terminada a Segunda Guerra Mundial.
Da Redação com informações da revista Exame
Fotos: Getty Imagens/ AVN/