A Chanceler alemã, Angela Merkel, visitou áreas afetadas por enchentes na Alemanha. Desastre deixou pelos menos 159 mortos e centenas de desaparecidos. “É uma situação surreal e fantasmagórica”, disse chanceler ao observar devastação.
Neste domingo, centenas de pessoas continuam a ser evacuadas pelo temor do rompimento de barragens.
Merkel percorreu no início da tarde o vilarejo de Schuld, no estado da Renânia-Palatinado, um dos dois mais atingidos pelas chuvas. No local, o transbordamento do rio Ahr destruiu casas e deixou as ruas cheias de escombros.
“É uma situação surreal e fantasmagórica. Diria até que o idioma alemão tem dificuldade em encontrar palavras para descrever a devastação que foi causada”, disse Merkel.
Embora o prefeito de Schuld tenha relatado que ninguém morreu ou ficou ferido na cidade, outras cidades não tiveram a mesma sorte. O número de mortos na região de Ahrweiler, onde Schuld está localizada, chega a 112. No estado vizinho da Renânia do Norte-Vestfália, mais de 40 pessoas morreram, incluindo quatro bombeiros. A vizinha Bélgica confirmou 27 mortes.
Merkel também afirmou que as autoridades trabalharão para “consertar” tudo “nesta bela região, passo a passo” e que seu governo vai aprovar um programa de ajuda estatal imediata na próxima semana.
O ministro das Finanças, Olaf Scholz, disse ao jornal Bild am Sonntag que mais de 300 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão) serão necessários imediatamente. Segundo Scholz, o custo total de reconstrução, considerando enchentes anteriores, deve ficar na casa dos bilhões de euros.
“Felizmente, a Alemanha é um país que pode administrar isso financeiramente”, disse Merkel, que está deve deixar a chancelaria em setembro, após quase 16 anos de. “A Alemanha é um país forte e vamos enfrentar essa força da natureza no curto prazo – mas também no médio e longo prazo, por meio de uma política que preste mais atenção à natureza e ao clima do que fizemos nos últimos anos. Isso será necessário também”, disse a chanceler.
Especialistas afirmam que o aquecimento global faz com que os eventos climáticos extremos se tornem mais frequentes.
“Temos de nos apressar, temos de ser mais rápidos na luta contra as alterações climáticas”, prosseguiu Merkel, apontando para as políticas já adotadas pela Alemanha e a União Europeia para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. “Uma inundação apenas não é um exemplo de mudança climática, mas se olharmos para esses eventos dos últimos anos, décadas, eles estão simplesmente cada vez mais frequentes do que antes, então devemos fazer um esforço maior”, completou Merkel.
*DW