Continua após a publicidade
Publicidade
Início Cidades Cobrança de diferença da CFEM pode rechear cofres públicos, afirma Newton Godoy....

Cobrança de diferença da CFEM pode rechear cofres públicos, afirma Newton Godoy. Samarco diz que não é com ela

Publicidade _

O processo administrativo que questiona as empresas Vale e Samarco sobre a CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) em Mariana nos últimos 43 anos, protocolado em 2017 junto ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), suscita esperança de que a cobrança legal dos últimos 10 anos, pode encher os cofres da administração de Mariana.

“Hoje já começamos a perceber os resultados”, explicou o vice-prefeito Newton Godoy, que garantiu que há informações do DNPM que comprovam existir diferença no recolhimento dos tributos, principalmente do CFEM, o que poderia render aos cofres públicos milhões de reais.

Publicidade

Segundo ele “ a diferença é superior a R$500 milhões, somente em relação à Samarco. Já demos início à ação de obtenção antecipada de provas. Assim que verificarmos todos os dados poderemos propor uma ação no sentido de recuperar esse valor ou, se for melhor para a nossa cidade, chegar a um acordo no âmbito administrativo”, frisou o vice-prefeito.

De acordo com Newton Godoy, com o dinheiro que o município terá direito de receber com a ação, pretende-se criar um fundo soberano de contingência, ou seja, uma reserva para ser usada em momentos críticos. Um projeto de lei será enviado á Câmara para utilização dos recursos e parte dele ficará contingenciado durante um determinado período,  para ser usado na ampliação e diversificação da economia, principal objetivo da proposta de criação da CFEM.

Godoy afirmou ainda que desde a paralisação das operações minerárias, houve necessidade de adequação à nova realidade econômica e investimentos em muitas áreas não puderam ser realizados.

“É importante dizer que esse fundo será administrado em conjunto com um Conselho. Assim daremos total transparência às nossas ações e informaremos aos munícipes sobre as conquistas, no sentido de promover a justiça tributária entre as mineradoras e o município”, afirmou.

Indagada sobre as declarações do vice-prefeito, a Samarco encaminhou  sua posição. Assim que a Vale enviar sua posição, ela será adicionada a este conteúdo.

O posicionamento da  Samarco:

“A Samarco entende que a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) é devida sobre a comercialização do bem mineral. Enquanto estava em operação, a empresa sempre pagou os valores relativos à essa contribuição em conformidade com a legislação brasileira. A Samarco reforça que está sem operar desde novembro de 2015 não tendo, portanto, receita sobre a comercialização do bem mineral, e, por essa razão, não tem nenhum repasse a fazer com relação a essa contribuição”.

Foto: Secom/PMM, Ana Cláudia Vieira/Revista da Mineração e Divulgação Vale

 

 

Publicidade
Sair da versão mobile