Conselho Europeu admitiu que existem divergências sobre a entrada da Ucrânia no bloco

Afirmativa foi do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, ao se referir à solicitação da Ucrânia para ser incorporada ao bloco de forma rápida.

Pedido foi reiterado nesta segunda-feira pelo presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, após a intensificação dos combates e sinalização de apoio da União Europeia.
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O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse nesta segunda-feira que há “opiniões diferentes” dentro da União Europeia (UE) sobre o pedido da Ucrânia para ser incorporado ao bloco de forma urgente .

“É um pedido expresso pela Ucrânia há muito tempo. Mas há opiniões e sensibilidades diferentes dentro da UE sobre a ampliação” do bloco, explicou Michel a jornalistas em videoconferência, segundo a agência de notícias AFP.

“A Ucrânia apresentará um pedido oficial, a Comissão Europeia dará sua opinião e o Conselho Europeu decidirá”, acrescentou.

O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pediu nesta segunda-feira à UE, coincidindo com a instalação de uma mesa de negociações com a Rússia, que autorize a adesão “sem demora” daquele país ao bloco.

“Nós nos voltamos para a UE em relação à pronta integração da Ucrânia por meio de um novo procedimento especial”, disse Zelensky em um vídeo.

“Nosso objetivo é estar junto com todos os europeus e, mais importante, estar em pé de igualdade. Tenho certeza de que é justo. Tenho certeza de que é possível”, acrescentou o presidente.

Durante uma entrevista divulgada no domingo , a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mencionou que a Ucrânia “é um dos nossos e queremos dentro” do bloco.

Mas, apesar dessas diferenças, Michel reiterou na segunda-feira que a UE continua firme no apoio à Ucrânia, que enfrenta uma enorme ofensiva militar da Rússia desde a última quinta-feira.

Ele ainda mencionou sua intenção de convidar Zelensky para participar “regularmente” nas cúpulas europeias , e a necessidade de fortalecer os acordos de colaboração entre o bloco europeu e a Ucrânia.

Por sua parte, um porta-voz da Comissão Europeia disse na segunda-feira que, em sua declaração do dia anterior, von der Leyen “referiu-se ao fato de que a Ucrânia tem uma perspectiva europeia”.

A Ucrânia “é um dos nossos no sentido de que é um país europeu”, disse o porta-voz Eric Mamer. No entanto, acrescentou, a própria Von der Leyen lembrou que “há um processo de negociação de adesão e as condições que devem ser cumpridas”.

Na véspera, os chanceleres dos países do bloco concordaram em liberar 500 milhões de euros do Fundo Europeu para a Paz para financiar equipamentos para a Ucrânia. Desse total, 450 milhões serão destinados à compra e embarque de armas.

Fotos: AFP

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