Uma reportagem do Jornal O Tempo desta segunda-feira (14), trouxe uma séria denúncia sobre a utilização de verbas públicas (do orçamento estadual) em prol de dez deputados estaduais mineiros.
Ao todo, eles conseguiram mais de 300 milhões de reais para dirigir às suas bases eleitorais, neste ano de eleições.
Da região, Tito Torres (PSDB) e Bernardo Mucida (PSB) foram “selecionados” pelo governador Zema e receberam vultosas quantias para patrocinar obras em municípios indicados por eles.
O primeiro teve direito de indicar mais de 45 milhões de reais e o segundo, menor valor, mas superior a 23 milhões de reais, um pouco mais da metade do deputado tucano.
“O deputado que aceita votar segundo a orientação do governo ganharia autorização do governador para indicar intervenções e obras por meio das secretarias estaduais. Por exemplo, o deputado indica reforma de uma escola em um município, a Secretaria de Educação faz a obra, e o deputado assume a autoria”, publicou O Tempo.
Vale ressaltar que cada deputado estadual mineiro pode indicar, via orçamento impositivo, dez milhões de reais às suas bases, anualmente. Assim, o deputado itabirano que está no segundo ano de seu mandato (ele assumiu a vaga da atual prefeita de Contagem, Marília Campos), obteve recursos de mais de 43 milhões de reais, em apenas dois anos, o que significa algo próximo de 2 milhões de reais por mês.
Se for mera coincidência e não ser nada disso, cabe aos deputados explicarem. Porém, quem circula por João Monlevade, Santa Bárbara e Barão de Cocais, pode deparar com um Mucida sorridente, estampado em vários out-doors.
Recentemente, durante a inauguração da Praça da Lagoa, em Barão de Cocais, o deputado esteve presente e garantiu que é a favor de uma mineração sustentável.
Até o momento, em suas páginas na internet, nenhum posicionamento do deputado itabirano foi localizado. Se houver manifestação, será publicada.
Imagem: Extraída do jornal O Tempo
*Atualizado ás 20:36 para correção dos valores de emendas recebidas pelo deputado Mucida, próximos dos 2 milhões de reais por mês de mandato.