Detidos confessam ter matado jornalista e indigenista desaparecidos no Amazonas

Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", teria confessado que assassinou Bruno e Dom juntamente com o irmão, Amarildo da Costa Oliveira, o "Pelado".

Dom Phillips era colaborador do jornal britânico "The Guardian" e estava trabalhando em um livro sobre meio ambiente.
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Segundo a TV Bandeirantes,um dos supostos assassinos teria dito que os restos mortais foram despejados em uma zona de terra firme , em uma região que é dominada nesta época do ano pelo avanço dos rios criando florestas submersas.
Conforme confirmado por policiais brasileiros, o jornalista inglês Dom Phillips e o indigenista brasileiro Bruno Pereira – desaparecidos desde 5 de junho – foram assassinados por dois irmãos já detidos pelo ato.
Na noite de terça-feira, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”, foi preso, acusado de participar do caso. Seu irmão, Amarildo da Costa Oliveira, pescador apelidado de “Pelado” que teria ameaçado o indigenista e o correspondente do Guardian um dia antes do desaparecimento foi o primeiro a ser preso.
Testemunhas contam que viram “Pelado” passar em alta velocidade a bordo de um barco que seguia na mesma direção que o de Phillips e Pereira, antes de seu desaparecimento.
Ontem (14) o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o jornalista britânico Dom Phillips, desaparecido após receber ameaças de morte na selva amazônica brasileira, “foi mal visto” por escrever artigos contra mineração ilegal e questões ambientais.
“Aquele inglês era mal visto na região. Porque ele fez muitas anotações contra os garimpeiros (garimpeiros ilegais em terras indígenas), sobre a questão ambiental. Então, naquela área tão inóspita, muita gente não gostava dele. Ele deveria ter redobrado o atenção e resolve fazer uma excursão “, disse Bolsonaro.
“Se eles foram mortos, ambos estão debaixo d’água e sobrará pouco deles, Deus me livre que isso tenha acontecido”, disse Bolsonaro.
Bruno Pereira era funcionário licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai) e combatia a pesca ilegal e invasões de terras indígenas.


O correspondente inglês e o especialista indígena que trabalhava para a União dos Povos Indígenas do Vale do Javarí, no extremo oeste do Amazonas, foram vistos pela última vez em 5 de junho no município de Atalaia do Norte, próximo à fronteira com o Peru e Colômbia.
No domingo foram encontrados vários objetos pessoais pertencentes aos dois desaparecidos.

Foto: Marcos Corrêa/PR e Funai

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