Dom Geraldo será sepultado sábado, em Mariana

Missa das Exéquias e sepultamento será na tarde de sábado, na cripta da Basílica metropolitana de Mariana

O falecimento nesta quarta-feira de Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo emérito de Mariana e ex-presidente da CNBB, causou profunda tristeza nos marianenses.
Publicidade _

Dom Geraldo estava pregando um Retiro para o clero em Altamira, quando sofreu uma queda na noite de segunda-feira, fraturando o fêmur. Como na região não havia recurso hospitalares adequados para o seu caso, estavam tentando transferi-lo para Vitória-ES, aonde residia.

O corpo passou a ser velado às 6 horas. Após, aconteceu Missa de corpo presente na Catedral de Altamira. A seguir, seu corpo foi transladado para a cidade de Vitória, no Espírito Santo.

Velório e sepultamento
A arquidiocese de Mariana divulgou um informe sobre o velório e sepultamento.
Neste 26 de julho, às 22h20, o corpo chega a Vitória (ES); Às 18h, do dia 27 de julho, será a missa na catedral de Vitória (ES), seguido do traslado do corpo para Colatina (ES). Na sexta-feira, 28 de julho, às 12h, santa missa na catedral de Colatina (ES), seguido de traslado para Mariana. Às 21h, inicia-se o velório com missa em Mariana, no santuário de Nossa Senhora do Carmo.

No dia 29 de julho, sábado, haverá ainda, no santuário Nossa Senhora do Carmo, duas missas, uma às 7h, e outra às 10h. Às 14h, tem início o traslado do corpo para a catedral Basílica, onde às 15h será realizada a missa das Exéquias, seguida de sepultamento na cripta da catedral Basílica metropolitana de Mariana, a ser transmitida pelas redes sociais da arquidiocese.

Trajetória episcopal

Dom Geraldo Lyrio Rocha foi nomeado arcebispo metropolitano de Mariana, pelo Papa Bento XVI, aos 11 de abril de 2007, tendo tomado posse da arquidiocese aos 23 de junho de 2007. Adotou como lema episcopal: “Opus Fac Evangelistae” – Faze a obra de um evangelista.

A trajetória episcopal de dom Geraldo – nascido em 14 de março de 1942, em Fundão (ES) – começou na arquidiocese de Vitória (ES), onde foi bispo auxiliar (1984-1990). Também foi bispo de Colatina (ES), de 1990 a 2002, e arcebispo de Vitória da Conquista (BA), entre 2002 e 2007. Em 2007, foi nomeado como arcebispo de Mariana (MG).

Além da presidência da CNBB (2007 a 2011), dom Geraldo foi responsável pela Liturgia, membro do Conselho Econômico e do Conselho Permanente. Integrou também a Comissão Episcopal para a Tradução dos Textos Litúrgicos (Cetel) e da Comissão Especial para a Causa dos Santos.

No Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), foi membro do Departamento de Liturgia em duas ocasiões (1987-1991 e 1995-1999) e presidente deste mesmo organismo, entre 1999 e 2003. Foi segundo vice-presidente do conselho e delegado da CNBB junto ao colegiado latino-americano (2011-2015).

Também foi delegado da CNBB à Conferência de Santo Domingo (1992); membro ex officio da Conferência de Aparecida (2007). Dom Geraldo ainda foi eleito pela CNBB para os Sínodos: para a América (1997), sobre a Eucaristia (2005), sobre a Palavra de Deus (2008) e sobre a Nova Evangelização (2012). Foi membro da Pontifícia Comissão para a América Latina (2009-2014).

O pedido de renúncia de dom Geraldo foi aceito pelo papa Francisco no dia 25 de abril de 2018, de acordo o Código de Direito Canônico, que determina o pedido após o prelado completar 75 anos. Em sua emeritude, dom Geraldo continuou contribuindo e participando ativamente da vida da CNBB e da Igreja.

Na última Assembleia Geral da CNBB, a 60ª, realizada em abril deste ano, dom Geraldo fez uma memória das sessenta edições da Assembleias da CNBB.

Em suas palavras, as assembleias têm uma longa história marcada pelo clima de ação de graças. “Nesses anos, mudou a fisionomia da conferência, o modo de tratar as questões, os meios, que foram aperfeiçoados e facilitam o trabalho. [Mudaram] coisas acidentais. E o que permanece: o essencial. Há uma linha condutora que marca todas as assembleias, e que se chama comunhão eclesial”, disse.

Dom Geraldo foi eleito pelos bispos do Brasil, na 60ª AG CNBB, junto a outros quatro bispos, para representar o episcopado do país no Sínodo sobre Sinodalidade, em outubro, no Vaticano.

Foto: CNBB e Arquidiocese de Mariana

Publicidade